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07/10/2015 08h53

Acordo do Pacífico: Brasil precisa se integrar mais aos mercados, diz Ceal

O TPP é um sinal claro que o Brasil precisa se integrar mais aos mercados internacionais, afirma Plöger

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O presidente internacional do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal), Ingo Plöger, disse nesta terça-feira (6) que o Acordo de Parceria Trans-Pacífico (TPP, do nome em inglês), firmado na última segunda-feira (5) pelos Estados Unidos com o Japão e mais dez países, dos quais três da América Latina (México, Peru e Chile), é um sinal claro que o Brasil precisa se integrar mais aos mercados internacionais. Nesse sentido, segundo ele, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, iniciou este ano uma movimentação na direção dessa integração.

“A primeira viagem que ele fez foi para os Estados Unidos. O esforço que o governo brasileiro está fazendo nos Estados Unidos não é em relação às tarifas, não é um acordo tarifário. É um acordo para entrar nas discussões das normas técnicas, da facilitação de negócios, com o objetivo de facilitar o intercâmbio bilateral”, disse.

O presidente internacional do Ceal afirmou ainda que o segundo grande acordo que está pela frente, e que vai demorar ainda algum tempo para sair, é com a União Europeia (TTIP, do nome em inglês), no qual os Estados Unidos também são o protagonista. Isso significa, de acordo com Plöger, que o Brasil está negociando com o país certo e tem uma agenda correta, que é a facilitação de negócios.

Ele lembrou que no começo deste ano, o Brasil começou a negociar com o México, que integra o TPP e tem acordo com o Nafta. “Nós temos hoje 800 produtos, do universo de 9 mil, acordados com o México e vamos expandir isso para mais de 2 mil produtos”. Para Ingo Plöger, esse é um passo correto do governo brasileiro para o país entrar no TPP e na integração latino-americana.

Essa postura do Brasil, segundo o presidente internacional do Ceal, abre espaço também para abrir negociação com a Colômbia, visando a antecipar o descongelamento de um acordo feito que o Brasil quer agilizar, e com o Peru, com quem nosso país quer ampliar o somatório de trabalhos.

Para Plöger, de janeiro para cá, o Brasil está em uma rota positiva. Ele entende que, agora, é preciso reforçar essa rota com muita agilidade e persistência, porque o câmbio atual torna o país competitivo. “Temos que buscar os investimentos na produtividade e nos produtos que interessam também ao TPP e ao TTIP”, disse.

O presidente internacional do Ceal descartou a possibilidade de o Acordo de Parceria Trans-Pacífico prejudicar o Brasil na negociação com os países que assinaram o chamado Pacto do Pacífico, considerando que eles deverão negociar mais entre si, dentro do novo bloco.

Plöger considera prematuro fazer cálculos de perdas para o Brasil, sem atentar para a questão do câmbio, que estava há um ano em torno de R$ 2,50 e em 2015 chegou acima de R$ 4. “Os nossos preços são diferentes. Acho que a gente tem que esperar a temática amadurecer um pouco mais porque, com esse câmbio, nós nos tornamos mais atrativos”.

 

Fonte: Agência Brasil


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