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19/12/2011 18h43 - Atualizado em 20/12/2011 16h04

Produtores do Programa do Leite sofrem com constantes atrasos no pagamento

De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite do Rio Grande do Norte, a produção de leite no estado teve uma queda de 20% em 2011.

Por: Annapaula Freire

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“Ela prometeu manter o Programa do Leite, mas ela está matando e não mantendo.” Exasperado, o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite do Rio Grande do Norte, Liramir Dantas, proferiu a sentença se referindo à governadora Rosalba Ciarlini.

Segundo o presidente, os produtores do laticínio sofrem de constantes atrasos no pagamento desde o ano passado, período cujo governante era Iberê Ferreira de Sousa. Da gestão passada, o Governo Estadual deve cinco quinzenas às usinas de leite. O atual Governo deve a primeira e segunda quinzena de novembro aos produtores e às usinas.

De acordo com Liramir, a produção de leite no estado teve uma queda de 20% em 2011. Atualmente, existem, aproximadamente, 2.500 fornecedores de leite e 27 usinas no estado. Os produtores de leite recebem R$ 0,80 por litro (60% do valor do produto final) e as usinas, R$0,54 por litro (40%).

Diversas usinas, ainda conforme o presidente, não tem como sobreviver com os constantes atrasos, pois dependem exclusivamente da venda do produto ao Governo. Para Liramir, o número de usinas falindo é um grande impacto negativo para a economia do interior, desenvolvendo a dependência da população a programas de transferência de renda do Governo Federal.

“A governadora precisa tomar um rumo. Já dá para saber o que quer, se quer acabar ou não com o Programa do Leite”, exclamou, “não dá é atrasar os pagamentos e as usinas falindo.” O presidente se diz decepcionado com a gestora, principalmente, por sua formação em medicina e, por isso, conhecer a importância do leite para a formação da criança.

Outro agravante das ações do governo estadual, para Liramir, é a origem do leite consumido pelos beneficiados. O presidente levanta também a possibilidade do leite consumido ser leite em pó, já que as usinas falidas não estão repassando o produto.

Segundo o site oficial do Governo Estadual, o Programa do Leite distribui diariamente um litro de leite para cada uma das 155 mil famílias em todo o estado.  “O projeto tem como objetivo reduzir as carências nutricionais de crianças com faixa etária entre seis meses e três anos, desnutridos de três a seis anos de idade, gestantes, nutrizes, idosos a partir de 60 anos, portadores de deficiência impossibilitados de trabalhar, portadores do vírus do HIV e tuberculose e pessoas com câncer”, informou.

O investimento mensal, conforme o site, para o programa é de R$ 7,2 milhões, o que equivale a R$ 85 milhões por ano.


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