Especialista alerta produtores sobre riscos de contaminação

A execução de uma ordenha higiênica inadequada pode causar danos como o comprometimento da qualidade do leite, o rendimento dos produtos derivados, além de perdas financeiras aos produtores.

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Criadores de caprinos e ovinos precisam adotar uma nova postura quanto ao manejo na ordenha do rebanho leiteiro. A advertência é do zootecnista e consultor credenciado do Sebrae-RN, Felipe Barreto, que durante palestra realizada na sétima edição do Oeste Leite, em Pau dos Ferros, no último final de semana, alertou para os riscos de uma ordenha em desacordo com as normas de higiene, considerada uma das maiores causas de contaminação do leite. O evento, realizado pelo Sebrae-RN, fez parte da programação da Feira Intermunicipal de Educação, Cultura e Turismo do Alto Oeste Potiguar (FINECAP).

A execução de uma ordenha higiênica inadequada pode causar danos como o comprometimento da qualidade do leite, o rendimento dos produtos derivados, além de perdas financeiras aos produtores durante o processo de beneficiamento do produto, e, principalmente sérios riscos à saúde do consumidor.

"Não sabemos ainda se é por uma questão cultural ou por falta de orientação, mas muitos trabalhadores não se preocupam e não utilizam os métodos normas de higiene recomendados para a ordenha, seja ela mecânica ou manual. E isso precisa ser modificado. A ordenha higiênica é a garantia de um leite de qualidade e com o mínimo de riscos de contaminação", ensina Barreto.

O produtor rural, Francisco de Assis Dias, realiza a ordenha em vacas há mais de 20 anos e assistiu atento às orientações repassadas pelo zootecnista. "Sempre faço minhas ordenhas da forma como aprendi com meu pai e não imaginava que coisas tão simples podiam fazer a diferença na qualidade do leite que sai da nossa fazenda. A partir de agora vamos mudar um pouco. Nunca é tarde para se aprender", promete.

Durante a palestra intitulada "Manejo Higiênico de Ordenha" os criadores de caprinos e ovinos receberam orientação acerca de métodos simples, como reforço na higiene pessoal do ordenhador e adequação de um local específico para a ordenha, como forma de garantir a qualidade e evitar a presença de bactérias no leite.

Mais de 300 animais caprinos e ovinos ficaram em exposição na edição 2011 do Oeste Leite, em Pau dos Ferros. Seus criadores participaram das clínicas tecnológicas, palestras, além da exposição, comercialização e do torneio leiteiro, que é um dos eventos que geram mais expectativas no público da feira.

Fonte: Agência Sebrae RN