Comércio desacelera em março, mas trimestre ainda é positivo

Crescimento do setor no acumulado do ano foi de 7,4%.

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O pico de vendas registrado em março de 2010 no comércio potiguar, na esteira da correria às lojas para aproveitar incentivos estatais em determinados segmentos (como o da linha branca de eletrodomésticos e, principalmente, os de materiais de construção e de veículos novos) cobrou, já este ano, a conta ao comércio do estado.

Os números divulgados na semana passada pelo IBGE, apontam que o terceiro mês deste ano de 2011 fechou com queda de 0,6% nas vendas do chamado "comércio varejista" e de 9,4% no "comércio varejista ampliado", justamente o que inclui os setores de materiais de construção e veículos.

"Os números deste ano refletem exatamente a comparação com um período atípico, que foi o de março do ano passado, quando estavam para acabar as reduções de IPI para carros novos e materiais de construção, o que provocou uma correria dos consumidores às lojas. É importante registrarmos que março foi o mês de maior incremento de vendas em 2010, com alta de nada menos que 18,8%, bem acima da média nacional da época (pouco mais de 15%). Qualquer comparação feita hoje com aquele resultado redundaria em um número ou muito baixo ou negativo", explica o presidente do Sistema Fecomercio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz.

No acumulado do ano - o que engloba o primeiro trimestre de 2011 - o desempenho do comércio varejista do estado ainda é relativamente bom, com aumento de 7,4%. No caso do varejista ampliado, o aumento é de 6% sobre o primeiro trimestre de 2010. "Os números do acumulado do ano seguem positivos, o que mostra que os bons desempenhos registrados em janeiro e fevereiro atenuaram o impacto do número negativo de março", afirma Queiroz.