Imposto sobre cigarros ficará mais alto e maço terá preço definido pelo governoNo ano passado, a arrecadação de IPI dos cigarros rendeu R$ 3,7 bilhões aos cofres da União. |
notícias relacionadas
- Mundo aprova acordo histórico em defesa do clima
- Queda da atividade econômica impacta resultado fiscal
- Estado reúne TJRN e Município de Natal para planejar mutirão fiscal no RN
- Déficit fiscal do governo atinge R$ 20,9 bilhões de janeiro a setembro
- Mantega defende ajuste fiscal proposto por Joaquim Levy
- Governo diz que queda na arrecadação provocou revisão da meta fiscal
- Cunha diz que não renuncia à presidência da Câmara
- Acordo do Pacífico: Brasil precisa se integrar mais aos mercados, diz Ceal
- Governo quer votar desoneração da folha o mais rápido possível, diz Levy
- Levy classifica de ressaca passageira situação da economia
- Desoneração: parecer do relator vai preservar quatro setores da economia
- Queda na arrecadação pode indicar aprofundamento da recessão, dizem economistas
- Câmara aprova acordos que criam banco e fundo de socorro financeiro do Brics
- CMO aprova projeto do governo para ampliar abatimento da meta fiscal
- Sped Fiscal deve ser enviado até 15 de julho pelas empresas do Simples
- Prefeitura de Parnamirim disponibiliza nota fiscal eletrônica
- Nota Fiscal Eletrônica será testada pela 1ª vez em loja de roupas
- Cancelamento de Nota Fiscal Eletrônica tem novas regras
- Convênio é assinado para implantação da Redesim no RN
- Senado aprova empréstimo de US$ 7 milhões para projeto de "modernização fiscal" do RN
- Governo do RN firma quatro acordos com estado alemão da Renânia Palatinado
- Contribuintes reclamam do novo sistema de nota fiscal avulsa da Semut
- Nota fiscal eletrônica passa a ser obrigatória a partir de 1º de abril
- Fim da novela: Governo promete quitar débitos com produtores de leite do RN
- Leonardo Nogueira apresenta dados sobre limite prudencial do RN
- RN sedia o 43° Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários
- Governo do RN celebra contrato de doação do terreno do Arena das Dunas
- Presidenta Dilma aumentará crédito fiscal do RN para R$ 1,4 bi
- Esforço fiscal excedente poderá compensar resultados de estados e municípios, diz secretário do Tesouro
- Projeto Poupança Fiscal se torna lei
- Rosalba Ciarlini sanciona projeto de Lei Poupança Fiscal
- Semut suspende atendimento ao público nesta sexta-feira (30)
- Termina em 1º de janeiro o prazo para implementação da Nota Fiscal eletrônica
- ICMS pago poderá ser devolvido ao consumidor
- Auditores fiscalizam estabelecimentos no combate à sonegação fiscal
- Mantega pede rapidez na aprovação de acordo para salvar Europa da crise
- Automação fiscal: Assembleia Legislativa discute entraves
- Transferências para estados e municípios provocaram queda do superávit primário
- Brasil é um dos principais destinos de investimentos estrangeiros
- Comemorações marcam o Dia do Auditor Fiscal
- Elevação da meta de superávit primário não tem relação com a Selic
- Governo defenderá economia do país de ameaças internas e externas, garante Dilma
- Fazenda avalia se é possível mudar Lei de Responsabilidade Fiscal para atender a governadores
- Governo prorroga prazo para entrega da Escrituração Fiscal Digital
- Malha fiscal detecta quase R$ 400 milhões em notas fiscais não registradas para o RN
- Nelson Barbosa diz que é importante ter acordo sobre incentivos fiscais
- Negociação sobre ICMS vai começar
- Semut realiza treinamento para utilização da Nota Natalense
- Empresas têm até 1º de dezembro para aderir à Nota Fiscal Eletrônica
A partir de dezembro, a tributação sobre os cigarros mudará. Medida provisória publicada hoje (3) no Diário Oficial da União estabelece um novo modelo para a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Atualmente, o imposto varia de R$ 0,764 a R$ 1,30 por maço, dependendo do tipo de embalagem e do tamanho do cigarro. O novo modelo criará dois regimes de tributação: um geral, que valerá para todos os fabricantes, e um opcional.
No regime geral, a alíquota será 45% sobre o preço de venda no varejo. No regime opcional, o IPI será cobrado de duas formas: uma alíquota geral de até 15% mais uma taxa de R$ 0,80 a R$ 1,30, estabelecida conforme as características do produto.
Segundo o auditor fiscal da Coordenação de Fiscalização da Receita Federal Marcelo Fisch, o modelo geral implica em elevação da carga tributária sobre os cigarros dos atuais 60% para 81%, levando em conta os outros tributos federais e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No caso do regime por opção, ele disse que não dá para dizer se resultará em IPI maior, porque as alíquotas finais e as classes de produtos precisam ser regulamentadas.
Até o fim de novembro, os fabricantes terão de optar por um dos dois regimes. Segundo a Receita Federal, quem não se manifestar será automaticamente incluído no regime geral, que onera mais o produto.
Apesar de a nova política de apoio a alguns setores da indústria, lançada ontem (2) pelo governo, prever renúncia fiscal de R$ 20,7 bilhões até o fim de 2012, o subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, negou que a equipe econômica esteja buscando novas fontes de receitas para compensar as desonerações. De acordo com ele, a reformulação do modelo de cobrança do IPI sobre cigarros foi necessária para evitar problemas judiciais.
“O modelo atual sofria questionamentos na Justiça, principalmente dos pequenos fabricantes. Então, achamos melhor adotar um novo modelo por lei”, explicou. O secretário adjunto disse ainda que a criação de dois regimes (um geral e um opcional) segue o modelo de tributação das bebidas.
Em 2010, a arrecadação de IPI dos cigarros rendeu R$ 3,7 bilhões aos cofres da União. Se forem considerados os demais tributos federais, a receita chegou a R$ 6 bilhões. Para Fisch, o novo modelo corrige uma distorção ao estabelecer uma alíquota percentual sobre os preços. Ele, no entanto, admitiu que a política do governo consiste em tributar mais intensamente os cigarros mais baratos. “Quanto mais baixo o preço, maior a tributação para desestimular consumo. O governo atende a uma política de saúde pública, que segue as convenções internacionais sobre o assunto”, alegou.
A medida provisória também autoriza a fixação de preços mínimos para os maços de cigarros à venda no país. O valor ainda será definido pelo Ministério da Fazenda. Segundo o auditor, o estabelecimento de pisos é necessário para evitar a sonegação. “Existem maços vendidos a R$ 1,00 no mercado. Considerando que o imposto mínimo atual é R$ 0,76, há indício de sonegação”, justificou.
Fonte: Agência Brasil