Diário de Natal em versão impressa chega ao fim

O Diário de Natal passava por mudanças e já havia sido alvo de polêmica em 2009

Por: Jamille Nogueira

Foto: Ney Douglas

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O Diário de Natal publicou, nesta terça-feira (02), sua última edição em formato impresso. "Segurança atira em alunos da UFRN" foi a última manchete da capa em que, em nota de rodapé, um comunicado informa o fim do periódico. De acordo com a declaração, agora o Diário terá apenas a versão eletrônica, com ampliação do Dnonline e das rádios que pertencem ao grupo Diários Associados. O fechamento do jornal, de acordo com o comunicado, faz parte da reestruturação das atividades da empresa.

A notícia foi recebida com surpresa, inclusive, pelos jornalistas que trabalham no veículo. Nas redes sociais, o Diário de Natal ficou entre os assuntos mais comentados do momento, especialmente após o anúncio de demissão em massa. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn) se pronunciou sobre o assunto e informou que vai solicitar mediação com urgência no Ministério do Trabalho para rever a posição do jornal. "Por se tratar de um número tão alto de demissões, a empresa não poderia ter tomado tal atitude sem comunicar ao sindicato e ao Ministério do Trabalho", declarou o Sindjorn.

O Diário de Natal passava por uma série de mudanças e já havia sido alvo de polêmica quando, em 2009, anunciou reestruturação e demitiu dezenas de profissionais. O periódico chegou a mudar de sede, reformulou o formato de impressão para tabloide e extinguiu O Poti, que voltou a circular tempos depois.

O jornal era o impresso mais antigo a circular na capital potiguar. Pertencente ao grupo Diários Associados, foi fundado em 18 de setembro de 1939. A versão dominical do Diário de Natal, intitulado de O Poti, foi criada em 29 de julho de 1954 e inicialmente circulava durante as manhãs, enquanto o Diário de Natal circulava à tarde. Somente em 1958 O Poti passou a ser publicado aos domingos e o Diário passou a ser um diário matutino.