Salesiano 26/08/24

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24/09/2011 11h05

Apólices para automóveis representam 90% do mercado de seguros em Natal

Vendas de veículos e índices de roubo de carros contribuem para a concentração do mercado.

Por: Felipe Gibson

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O grande crescimento do número de carros circulando em Natal não é segredo para ninguém. Ter o próprio veículo já é uma realidade para muitos natalenses, o que traz reflexos em diversas esferas. O aumento da quantidade de automóveis nas ruas pode significar que o setor automobilístico tem vendido muito, representa indícios de um trânsito congestionado, talvez mais acidentes, ou quem sabe uma maior proporção de roubos de veículos. Pelo risco das duas últimas possibilidades, a população tem investido em seguros.

No universo do mercado de seguros de Natal, 90% das apólices são feitas para automóveis. "É um seguro que dá retorno rápido", afirma Gustavo Xavier, proprietário da seguradora Tora. De acordo com ele, o crescimento urbano da capital potiguar veio com uma dose a mais de insegurança, o que influenciou o aumento no índice de roubos de veículos. Do outro lado, os corretores preferem oferecer um serviço que seja rapidamente acionado, como é o caso das apólices de automóveis.

Apesar de dominar o mercado, o seguro para carro está longe de ser a única opção. "Na verdade é muito amplo. Hoje se faz seguro de tudo", afirma Gustavo Xavier. O proprietário da Tora cita uma variedade de serviços como seguros empresariais, residenciais, de vida, previdência e responsabilidade civil. A concentração nas apólices é culpa tanto dos profissionais quanto dos clientes, avalia o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do RN (Sincor/RN), Alderi Moura.

Enquanto as seguradoras não procuram oferecer um portfólio maior, os clientes não se interessam em novas modalidades de seguro. A vinda da Copa do Mundo de 2014 para Natal é vista por Alderi Moura como a chance de diversificar o mercado e agarrar novas oportunidades. "A chegada de empresas estrangeiras para as grandes obras vai fazer com que as seguradoras sejam mais exigidas", enfatiza o presidente do Sincor/RN.

Entretanto, antes mesmo de 2014 tanto corretores quanto consumidores têm muito a explorar no mercado de seguros do RN. "Natal é um mercado em franco desenvolvimento, principalmente a parte de exploração da construção civil", lembra Gustavo Xavier, que atenta para o fato das construtoras terem de contratos a fazer, o que potencializaria o aproveitamento de seguros empresariais, do empregador e de responsabilidade civil.

Por sinal, o proprietário da Tora conta que muitas empresas da construção não fazem apólices de seguros para eventuais acidentes nas obras, o que de acordo com Xavier é obrigatório por lei. Da mesma forma, os condomínios também são obrigados a fazer um seguro. Um bom exemplo ocorreu na semana passada, quando um incêndio se alastrou no 11º andar do residencial Alto do Tirol. Por ter seguro contra incêndios, o condomínio terá as obras de recuperação iniciadas logo após a saída dos laudos do Corpo de Bombeiros.

Para Gustavo Xavier, um dos motivos da pouca diversificação de seguros em Natal é o fato da capital potiguar não sofrer com adventos da natureza. "No Rio Grande do Sul, por exemplo, várias pessoas fazem seguros residenciais devido aos vendavais na época da primavera. O que faz com que a pessoa faça o seguro é a necessidade de segurança", conclui.

Quanto aos preços, o corretor exalta o baixo custo de alguns seguros que podem ser essenciais. No caso do empresarial, Xavier conta que é possível fazer apólices entre R$ 500 e R$ 1000 anuais, que incluem casos de roubo, problemas na rede elétrica ou incêndios. "Depende de três fatores:o tipo de seguro, o valor segurado e a cobertura contratada", explica.


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