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01/08/2011 09h37 - Atualizado em 01/08/2011 14h11

Baixa do dólar pode aumentar preço das roupas no segundo semestre

Com a moeda americana em baixa, as indústrias perdem força da exportação, fazendo com que os produtos nacionais fiquem em concorrência desigual com os estrangeiros.


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A baixa do dólar tem preocupado os confeccionistas brasileiros. Eles temem que a facilidade do ingresso de confecções estrangeiras do país, aliada ao reajuste de preço da matéria-prima devido à falta de algodão no mercado interno, provoquem um aumento de até 20% no custo de produção do setor têxtil nacional no segundo semestre. A avaliação é do diretor do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest), Edson Recco.

Segundo ele "a baixa do dólar está preocupando e prejudicando os confeccionistas de duas maneiras: primeiro, as indústrias perdem a força da exportação e, em segundo, expõem os produtos nacionais em concorrência desigual com os estrangeiros" disse o diretor do sindicato.

Ele explicou que mesmo com a produção interna do algodão estabilizada, que favorece a normalização do preço da matéria-prima, as peças ainda sofrem com a falta do produto durante o período de confecção das peças.

"Há 45 dias achamos que o valor dos produtos teria um acréscimo maior. Entretanto, com a produção do algodão voltando ao normal, a matéria-prima está com valor próximo do praticado anteriormente", observa Edson Recco.

Maringá
Atualmente o município de Maringá concentra o segundo maior polo têxtil brasileiro. "Esse fato deve trazer consequências para o bolso do consumidor, que vai deparar com etiquetas mais caras até o final do ano", disse o diretor.

Atualmente, só na região de Maringá, no norte do Paraná, são produzidas cerca de 7 milhões de peças por mês, com um faturamento mensal que ultrapassa R$ 130 milhões. No Paraná, de acordo com o sindicalista, o setor segue a tendência nacional e é o segundo maior empregador do segmento industrial. "São cerca de 100 mil trabalhadores atuando em 6 mil empresas espalhadas por todas as regiões do estado", argumenta.

 

Fonte: Agência Brasil


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