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19/09/2011 17h49 - Atualizado em 19/09/2011 17h56

Copa 2014: Ministro diz que elefantes brancos são mal necessário

Orlando Silva participou de um bate-papo com internautas na página federal do Twitter, a @copagov.

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No marco dos mil dias para a Copa de 2014, o governo federal deixou clara sua estratégia para combater as críticas à organização do Mundial ao tentar se aproximar da população, via mídias sociais, para esclarecer dúvidas sobre os preparativos.

Nesta sexta-feira (16), o ministro do Esporte Orlando Silva participou de um bate-papo com internautas na página federal do Twitter, a @copagov. O pano de fundo foi o lançamento de um site oficial para falar sobre o evento.

Mas a conversa derivou para temas mais complexos. Um deles, os chamados elefantes brancos, estádios que serão construídos a custo milionário em cidades com pouca ou nenhuma tradição no futebol, que podem legar um custo pesado de manutenção para os estados no pós-Copa.

Para Silva, erguer estas arenas é inevitável, uma vez que o Brasil sugeriu e a Fifa aceitou a participação de 12 cidades na Copa do Mundo. Manaus, por exemplo, não poderia ficar de fora, já que a floresta amazônica é um dos símbolos que mais atraem turistas estrangeiros ao Brasil.

"[Os elefantes brancos] são um assunto importante, pois acreditamos que a sustentabilidade econômica é tão importante quanto a sustentabilidade ambiental. Um bom exemplo é Cuiabá, que vai construir uma arena para 45 mil e depois pode reduzir para 25 mil para dar viabilidade econômica. Este é bom caminho para evitar elefantes brancos", falou o ministro.

"Ao mesmo tempo fizemos uma opção. A Fifa apoiou a participação de 12 cidades, algumas com mais, outras com menos tradição no futebol. Mas a Copa é muito importante para levar desenvolvimento a estes lugares. Imagine uma Copa sem o Amazonas. Torço para que essas arenas levem inclusive desenvolvimento econômico para essas cidades."

Atrasos

Silva também tratou dos atrasos envolvendo as obras do Mundial e se disse aliviado pelos 12 estádios estarem em construção. O último deles, de Natal, começou a terraplanagem há menos de um mês (confira balanço).

"Ganhei alguns cabelos brancos por conta de cidades que demoraram para começar as obras dos estádios, mas hoje estou feliz por termos obras em todas as cidades. Nove estádios serão inaugurados até dezembro de 2012", afirmou o ministro em referência à folga que o país terá para sediar a Copa das Confederações. O evento que acontece em junho de 2013 para testar a infraestrutura do Mundial deve usar entre cinco e seis palcos.

Antigo foco de problemas, o Itaquerão parece ser assunto superado. O estádio de São Paulo é cotado para receber a abertura da Copa, mas começou obras apenas no final de maio.

"São Paulo tem o desafio de ganhar tempo com Itaquera, o estádio do Corinthians. A obra está num ritmo acelerado, 30% acima do estabelecido. O cronograma não está nem em dia, está avançado, o que dá muita segurança de que tudo acontecerá bem."

Nem mesmo as greves na construção do Maracanã (duas semanas) e do Mineirão (dois dias) parecem preocupar o ministro. "Não me surpreendo com as greves hoje e não me surpreenderei no futuro, pois elas vão continuar acontecendo."

Abertura

A entrevista do ministro na Twitcam durou quase meia hora, tempo insuficiente, porém, para desvendar o mistério sobre qual cidade ficará com a abertura da Copa. Silva disse que a decisão é técnica e será tomada exclusivamente pela Fifa.

"A Fifa tem uma reunião marcada para os dias 20 e 21 de outubro em que pode se manifestar sobre a abertura. Para nós, o importante é trabalharmos mais rápido para dar segurança na decisão."

Quatro sedes concorrem à cerimônia inaugural: Belo Horizonte, Brasília, Salvador e São Paulo. Todas com chances iguais, acredita o ministro.

Fonte: Portal 2014


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