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23/08/2011 10h20

Aeroportos da Copa: banheiros estão fora do padrão internacional

Instalações desperdiçam água e não oferecem condições de conforto e higiene satisfatórias.

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Os banheiros dos aeroportos nas cidades que receberão a Copa de 2014 desperdiçam água e não oferecem condições de conforto e higiene satisfatórias aos usuários.

Estudo realizado pela consultoria H2C, especializada em uso racional da água, revela que treze dos 15 terminais nas cidades-sede do Mundial receberam nota abaixo do considerado aceitável (7 de 10 pontos) nos quesitos manutenção, higiene e economia de recursos hídricos.

Além disso, a exemplo do que ocorre nos balcões de "check in", em 12 aeroportos os usuários encontram filas para utilizar os banheiros, principalmente nas áreas de desembarque. Somente os aeroportos de Brasília, Cuiabá e Recife apresentam número de bacias, mictórios e torneiras suficiente nestes locais.

Os quinze aeroportos analisados concentraram 82,4% do tráfego aéreo nacional em 2010, um total de 128 milhões de passageiros. É por eles que a maior parte dos três milhões de turistas brasileiros e estrangeiros circulará durante o Mundial.

Dos terminais consultados, São Paulo (Congonhas) e Recife (Gilberto Freire) estão acima da média nos quesitos higiene, manutenção e economia de água. Os piores do ranking são Cuiabá (4,08), Manaus (4,83) e Guarulhos-SP (5,08).

Retranca
Os campeões do desperdício de água são os aeroportos de Cuiabá (Marechal Rondon), Manaus (Eduardo Gomes) e Brasília (Juscelino Kubitschek). Isso por conta de equipamentos defasados a exemplo das válvulas de descarga convencionais, que usam de 12 a 20 litros de água por acionamento.

Segundo a H2C, o consumo poderia ser mais baixo com o uso de um modelo economizador, que usa apenas seis litros de água. O equipamento mais indicado, no entanto, é a válvula a vácuo, que necessita apenas 1,2 litro de água por acionamento.

De acordo com o estudo, outros vilões do alto consumo nos banheiros dos aeroportos da Copa são as torneiras ou válvulas desreguladas e as torneiras manuais.

Responsável pelo levantamento, o consultor Paulo Costa estima que os aeroportos da Copa poderiam consumir entre 60% e 70% menos água com a instalação de novos equipamentos ou a modernização dos atuais.

"Dependendo do aeroporto, o reaproveitamento de água da chuva poderia levar a economia de 20% a 30%. O restante seria conquistado com a melhor padronização dos produtos."

"Dos aeroportos que visitamos, o melhor ranqueado é o de Recife, pois é o único que usa válvulas a vácuo. No entanto, nenhum terminal recebeu nota 10, já que o ideal é usar uma bacia com caixa acoplada, que não consome energia, pois usa apenas a força da gravidade", diz o consultor.

 

Fonte: Portal da Copa 2014


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