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07/02/2012 08h59

Privatização de aeroportos não vai levar à queda de tarifas, dizem especialistas

Especialistas explicam que, com a concessão à iniciativa privada, os serviços serão mais bem explorados, dando assim mais retorno aos consumidores.

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Especialistas não acreditam que as tarifas aeroportuárias vão cair após a privatização dos aeroportos, mas esperam por uma melhor relação custo-benefício aos consumidores.

O professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, não acredita que as tarifas dos aeroportos como de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília vão cair, apesar de já estarem em um patamar relativamente elevado. Com a privatização, porém, o que possivelmente irá acontecer é uma gestão mais eficiente, o que vai refletir em melhor custo-benefício aos passageiros.

Aeroportos serão mais bem explorados
Leite acredita que, com a concessão à iniciativa privada, os serviços serão mais bem explorados, dando assim mais retorno aos consumidores. "As empresas vão poder explorar melhor do que a Infraero os aeroportos", diz. Ele ainda acredita que a privatização vai possibilitar o aumento no número de passageiros e, consequentemente, uma economia de escala.

Na prática, o especialista entende que a gestão privada é mais dinâmica e vai conseguir administrar melhor os aeroportos, melhorando os serviços, reduzindo os preços dos estacionamentos, e, inclusive, fazendo mais receita com a venda de espaço publicitário.

O especialista em infraestrutura e direito regulatório, Rodrigo Campos, do Aidar SBZ Advogados, concorda com tal visão e acredita que haverá uma grande mudança nos serviços que existem nos aeroportos, como lojas, estacionamento e alimentação. "Esses serviços serão explorados livremente, e é de onde as empresas esperam tirar seus lucros", diz.

Apesar de ser favorável a privatização, o especialista em transporte e logística, Antônio Wrobleski, também não acredita que as tarifas vão cair, principalmente porque não haverá competição. Vale pontuar que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) controla, por meio dos contratos firmados com as empresas, os reajustes tarifários.

De acordo com a assessoria de imprensa da Agência, os preços são reajustados com base no índice oficial de inflação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e na produtividade do aeroporto.

Wrobleski ainda afirma que uma das vantagens que os consumidores terão, agora que a iniciativa privada vai passar a administrar os aeroportos, diz respeito aos direitos do consumidor. "Quando quem controla é a iniciativa privada, você sabe com quem falar". Os consumidores terão um canal direto para reclamações e passarão a ser mais ativos em relação às suas queixas.

 

Fonte: Agência Brasil


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