Salesiano 26/08/24

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05/11/2015 10h13 - Atualizado em 05/11/2015 10h19

CNC reduz projeção de vendas para o Natal

A expectativa é que o próximo Natal tenha a primeira queda nas vendas em 11 anos

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A expectativa de que as vendas para o próximo Natal registrem sua primeira queda em 11 anos deverá levar o varejo a oferecer menos vagas temporárias voltadas para essa data comemorativa em 2015. Com os juros ao consumidor em níveis recordes e a confiança do consumidor registrando seguidamente pisos históricos mensais, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de -4,1% para -4,8% sua estimativa de variação do volume de vendas natalinas em 2015.

À exceção dos segmentos de farmácias e perfumarias (+1,0%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+2,8%), todos os demais segmentos apontam para um resultado negativo na principal data comemorativa do varejo brasileiro. As maiores perdas deverão ocorrer nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-17,6%) e de livrarias e papelarias (-15,1%). Mesmo diante da perspectiva de queda atingindo seis dos oito principais segmentos do varejo em relação ao Natal de 2014, a data deverá movimentar R$ 31,76 bilhões neste ano.

A piora nas expectativas em relação ao faturamento real do setor afeta, naturalmente, de forma negativa a intenção de contratação de trabalhadores temporários. Assim como no volume de vendas, a abertura desse tipo de contrato de trabalho teve sua previsão revisada para baixo por parte da entidade (de -2,3% para -2,9% em relação ao ano anterior). Confirmada essa nova expectativa, entre setembro e novembro o número de vagas temporárias oferecidas pelo varejo em 2015 (138,6 mil) será o menor desde 2012 (135,2 mil postos).

Os segmentos de móveis e eletrodomésticos (-10,7%) e de livrarias e papelarias (-5,7%) deverão liderar a queda na oferta de vagas em 2015. Dentre os oito segmentos avaliados, há perspectiva de aumento de vagas apenas no ramo de farmácias e perfumarias (+1,8%). Apesar dos recuos na demanda por trabalhadores temporários neste ano, os segmentos de hiper e supermercados (28,9 mil) e de vestuário (62,6 mil) deverão responder por quase dois terços (65,9%) dos trabalhadores contratados.

Embora nos últimos 12 meses o comportamento dos preços dos bens e serviços mais demandados nessa época do ano aponte para uma variação menor que a do IPCA (+8,2% ante +9,8%, respectivamente), dificilmente o Natal de 2015 deixará de registrar a maior alta de preços desde o ano de 2002, quando os componentes dessa cesta registraram oscilação de +16,8%. Além do impacto decorrente da taxa de câmbio sobre os preços ao consumidor – desde o Natal de 2014 o dólar registrou variação de 43,8% ante o real –, o reajuste dos preços administrados como combustíveis (+13,4%) e ônibus intermunicipais (+11,9%) se destacam. Por outro lado, passagens aéreas (-9,0%), aparelhos telefônicos (-5,6%) e máquinas fotográficas (-4,0%) estão mais baratos que no Natal de 2014.

 

Fonte: CNC


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