Inflação da baixa renda acelera e fica em 0,75% em março

No caso de Alimentos, a principal influência para o resultado do mês partiu de carnes bovinas

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Em março, a inflação medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1) acelerou de 0,17% em fevereiro para 0,75% no terceiro mês deste ano. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas), deve-se aos grupos Habitação e Vestuário.

O percentual apurado no IPC-C1 no mês passado está acima da inflação geral medida pelo IPC-BR, que ficou em 0,72% em março. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação de 7,15%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 6,16%.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

Grupos
Segundo a FGV, entre abril de 2012 e março de 2013, a taxa do grupo Alimentos ficou em 14,69%. O resultado é maior do que o apurado nos últimos 12 meses até fevereiro, quando a variação foi de 13,95%. Na apuração mensal, por outro lado, a taxa do grupo passou de 1,50%, registrada no segundo mês de 2013, para 1,28%, no mês passado, contribuindo para que a alta da inflação para esta faixa de renda não fosse maior.

Já entre os grupos que impactaram o resultado do IPC-C1, o grupo Habitação (-1,86% para -0,76%) refletiu a variação da tarifa de eletricidade residencial (-14,08% para 1%), enquanto que o grupo Vestuário (-0,41% para 0,72%) houve influência do item roupas (-0,46% para 0,93%).
No caso de Alimentos, a principal influência para o resultado do mês partiu de carnes bovinas, de -0,47% para -2,32%.

Outros grupos
Assim como Alimentação, os grupos Transportes (0,72% para 0,21%), Despesas Diversas (0,89% para 0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,36%), Educação, Leitura e Recreação (0,64% para 0,42%) e Comunicação (0,44% para 0,31%) registraram desaceleração em suas taxas de variação.

As influências partiram, nesta ordem, dos itens: gasolina (de 5,10% para 0,17%), cigarros (1,27% para 0,00%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,94% para -0,10%), hotel (2,79% para 0,69%) e tarifa de telefone residencial (0,84% para 0,37%).

Fonte: Infomoney