Salesiano 26/08/24

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24/06/2015 08h19 - Atualizado em 24/06/2015 10h19

Pratos típicos de festas juninas estão mais caros este ano, diz FGV

Os ingredientes usados no preparo das comidas típicas das festas juninas aumentaram em média 9,95% nos últimos 12 meses

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As comemorações do São João estão mais caras este ano, mostra pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

“Nas festas juninas, a lista de itens é basicamente composta de alimentos e serviços, e os alimentos figuram como itens de maior pressão na inflação, em 2015”, disse o economista André Braz, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, tarifas públicas, como as de energia, também subiram este ano.  “Mas alimentação não está dando trégua”, reiterou.

Os ingredientes usados no preparo das comidas típicas das festas juninas aumentaram em média 9,95% nos últimos 12 meses findos em maio, superando a inflação acumulada no período pelo Índice de Preços ao Consumidor da FGV (IPC), de 8,63%.

O preço das carnes, por exemplo, subiu 17,98%, o das bebidas destiladas, 15,11%, e o da couve, 14,60%. Também ficaram mais caros derivados do leite, como queijo coalho (7%), refrigerantes (11,26%) e cervejas (9,79%).

“Quando o folião for curtir as festas juninas e julinas, vai encontrar preços bem mais altos do que os do ano passado”, disse o economista do Ibre-FGV. Segundo ele, uma boa estratégia seria o consumidor ir comprando semanalmente os produtos usados nas festas, para aproveitar as promoções. Ele ressaltou, por sinal, que “é uma boa estratégia em qualquer época do ano”.

Segundo Braz, o consumidor deve pesquisar os preços, pois boa parte dos alimentos está ficando mais cara. “O que ele [consumidor] vai conseguir é amenizar um pouco o gasto, mas, indiscutivelmente, vai gastar mais do que no ano passado.”

Já a farinha de mandioca ficou mais barata (-26,16%), assim como a batata inglesa (-11,25%) e o milho para pipoca (-6,15%). Braz ressaltou, porém, que a farinha de mandioca, embora tenha um certo destaque na culinária do período junina, não tem o peso nem a importância que a carne e as bebidas têm. “Quando carne e bebida sobem de preço, não há muito o que fazer.”

Segundo o economista, o período seco, em que as pastagens ficam deterioradas, levando o pecuarista a entrar com rações e complementos para alimentar o gado, eleva o custo e faz aumentar o preço da carne. Braz lembrou que a possibilidade de o Brasil ampliar as exportações para a China contribui também para a aumento dos preços. “Já se percebe o encarecimento da carne bovina, sobretudo de segunda, que é a mais usada [nos churrascos], pelo alto teor de gordura.”

 

Fonte: Agência Brasil


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