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18/11/2015 08h58

Intenção de Consumo das Famílias atinge o menor nível dos últimos cinco anos

O índice registrou, em novembro, 76,4 pontos, numa escala de 0 a 200. É a décima queda consecutiva, com recuos de 2,5% na comparação com outubro e 36,6% ante o mesmo período do ano passado.

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu o nível mais baixo desde o início da série histórica, em 2010. O índice registrou, em novembro, 76,4 pontos, numa escala de 0 a 200. É a décima queda consecutiva, com recuos de 2,5% na comparação com outubro e 36,6% ante o mesmo período do ano passado.

O componente que mede o nível de consumo atual está em 55,2 pontos, registrando recuos de 4,3% em relação a outubro e 45,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. A maior parte das famílias (58,6%) declararam estar com o nível de consumo menor que o do ano passado. O item que mede a intenção de compra de bens duráveis é o menor de toda a ICF, com 48,4 pontos – quedas de 5,7% na comparação mensal e 52,4% em relação ao mesmo período de 2014. O percentual de famílias que consideram o momento atual desfavorável para aquisição de bens duráveis alcançou 72,6%.

O único item da ICF que se mantém acima da zona de indiferença, de 100 pontos, é o que mede a satisfação com o emprego atual, com 104,6 pontos. Mesmo assim, o componente vem registrando queda há mais de um ano, desde outubro de 2014. O item apresentou recuos de 1,4% em relação ao mês anterior e 21% na comparação anual. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual caiu de 31,1%, em outubro, para 30,6% em novembro. A maior parte das famílias (48,1%) consideram negativo o cenário para os próximos seis meses. O componente que mede a perspectiva profissional registrou 96,5 pontos – 1,4% menor que o resultado de outubro e recuo de 19,9% na variação anual.

Segundo a CNC, as quedas seguidas da ICF são resultado da deterioração, no último ano, de fatores determinantes, como aceleração da inflação, enfraquecimento da atividade econômica, com reflexo crescente no mercado de trabalho, e aumento da incerteza política. Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia, a previsão da CNC é que o volume de vendas do varejo apresente retração de 4% em 2015.

 

Fonte: CNC


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