Consumo das famílias estabiliza após dez meses de quedaO índice ficou 36% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado |
notícias relacionadas
- Intenção de Consumo das Famílias atinge o menor nível dos últimos cinco anos
- Intenção de Consumo das Famílias recua 34,5% em um ano
- Famílias brasileiras começaram o ano endividadas
- Vendas de supermercados caem 1,9% em 2015
- 36% dos consumidores fazem compras para aliviar o estresse, aponta pesquisa do SPC Brasil
- Principal meta dos brasileiros para 2016 é sair do vermelho, mostra SPC Brasil
- Número de famílias endividadas volta a subir em dezembro
- Taxa de juros do rotativo do cartão de crédito sobe para 415,3% ao ano
- Confiança do empresário do comércio registra o menor índice desde março de 2011
- Confiança do empresário do comércio cai 26,5% em outubro na comparação anual
- Intenção de Consumo das Famílias atinge nova mínima histórica
- Faturamento de serviços recua pela 17ª vez seguida
- Percentual de famílias endividadas alcança em agosto o maior patamar do ano
- Pesquisa: brasileiro está mais consciente na hora de consumir
- Brasileiro gasta, em mádia, R$185 com produtos para animais de estimação na internet
- Investimentos em rodovias impulsionam comércio, diz CNC
- Percentual de famílias endividadas sobe para 62,4% em maio
Depois de dez meses consecutivos de queda, nos menores índices já registrados desde janeiro de 2010, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu, em dezembro, uma estabilidade. O índice ficou em 76,5 pontos (0,1% superior ao registrado no mês de novembro e 36% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado).
“Apesar de ser uma leve alta na comparação mensal, estatisticamente significa apenas estabilidade no ritmo de queda. É um efeito sazonal, pelo fato de dezembro ser um mês caracterizado pela geração de vagas temporárias e por maiores gastos dos consumidores por conta do Natal – ainda que neste ano o cenário não confirme o otimismo característico de outros anos”, explica Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC.
O índice de dezembro mostrou diferenças na intenção de consumo das famílias com maior renda e entre aquelas que recebem abaixo de dez salários mínimos. Enquanto o nível de confiança das famílias mais ricas apresentou alta de 1,9% na comparação mensal, entre aquelas com rendimento inferior o índice registrou queda de 0,3%.
O componente que mede a satisfação com o emprego atual é o único que permanece acima da zona de indiferença, de 100 pontos. Mesmo assim, o índice, que ficou em 103,6 pontos, registra quedas de 0,9% em relação ao mês anterior e 20,6% na comparação anual. Apenas 30,2% das famílias se sentem mais seguras em relação ao emprego atual.
No entanto, as famílias mostraram leve melhora nas perspectivas em relação ao mercado de trabalho na comparação mensal, com alta de 2,4%. Para a CNC, apesar de a geração de vagas temporárias estar bastante aquém dos últimos anos, dezembro ainda é um mês que gera otimismo em termos de colocação em postos de trabalho, em razão das festas de final de ano.
Apesar da estabilidade no índice, a Confederação acredita que o Natal deve refletir o desaquecimento visto ao longo do ano de 2015, e não será animador para o mercado de trabalho nem para os consumidores. Para 2015 a CNC prevê queda de 4% nas vendas do varejo restrito. Já no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção, a previsão é de queda de 7,1%.
Fonte: CNC