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28/10/2010 14h59

Procon Natal e ANS discutem com planos de saúde qualidade do atendimento ao cliente

Cerca de 250 mil em todo o Estado são clientes de planos de saúde.

Por: Lidiane Lins

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O Procon Natal se reuniu na quarta-feira (27) com representantes da Agência Nacional de Saúde (ANS) e de planos de saúde atuam em Natal para discutir a problemática das relações seguradora/segurado, com especial atenção para as reclamações sobre a demora no agendamento das consultas e exames para os usuários.

A reunião, que foi realizada no auditório da Secretaria Municipal de Turismo, na Praia do Meio, que contou com a participação de representantes da Unimed Natal, Amil, MedMais, Dental Med Center, DentalVida, Uniodonto e Unidental, abriu o caminho a criação de um fórum permanente para discutir a saúde privada no município.

De acordo com diretor geral do Procon Natal, Carlos Paiva, no Rio Grande do Norte atualmente, mais de 250 mil pessoas são clientes de planos de saúde privados e esse número continua aumentando.

Ele afirma que é preciso reformular a Lei 9.656/98, que regulamenta os contratos de planos de saúde, assim como intensificar a vigilância da atuação dessas empresas, para que haja uma maior proteção dos direitos do consumidor, e consequentemente a garantia de um serviço de qualidade.

"Essa questão deve ser vista com muito cuidado, pois não se trata apenas de uma relação empresa/consumidor. A relação médico/paciente é muito mais complexa, os planos de saúde lidam com a saúde das pessoas. Portanto, a lei precisa ser modificada para tratar mais especificamente essa situação, garantindo um serviço mais eficaz e reduzindo o número de reclamações", afirmou Carlos Paiva.

Os planos de saúde têm crescido muito nos últimos anos graças à ascensão de uma parcela maior da população à classe média. Esse aumento na cartela de clientes, todavia, não é sempre acompanhado pelos planos, o que termina gerando problemas sérios ao usuário, à exemplo da indisponibilidade de especialistas credenciados em número suficiente.

Para obter uma estimativa do tempo de espera para consultas e procedimentos, a ANS realizou uma pesquisa junto às operadoras de saúde durante junho e julho. A agência utilizou o resultado para produzir uma tabela indicativa dos tempos máximos de espera para cada tipo de procedimento e consulta. A tabela servirá de guia para uma instrução normativa específica, a ser aprovada dentro em breve.

Segundo Carlos Paiva, apesar da demora no atendimento, o número de reclamações de planos de saúde na capital potiguar ainda é considerado baixo, em relação ao de outras capitais. Ele explica que isso se deve ao fato de que muita gente simplesmente não se interessa em fazer reclamações formais sobre os problemas que enfrentam com o plano de saúde.

"Muitos clientes não têm o hábito nem de ler o contrato antes de assinar, muito menos de registrar reclamação formal em relação à demora no agendamento de consultas e serviços", revelou o diretor do Procon Natal.

 


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