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25/08/2011 09h15

Micro e pequenas empresas estão com dificuldades de manter pagamentos em dia

De acordo com economistas, a desaceleração econômica e o aperto nas condições de crédito são os principais fatores para a falta de pontualidade no pagamento.

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Manter uma micro, pequena ou média empresa não é uma tarefa nada fácil, ter que equilibrar os custos em detrimento do lucro. Ainda mais durante um atual processo de desaceleração econômica, a alta dos juros e o consequente aperto nas condições de crédito.

Segundo os economistas da Serasa Experian, esses efeitos adversos refletem sobre o custo financeiro e o caixa das micro e pequenas empresas. O que tem dificultado a realização de pagamentos em dia dos compromissos financeiros por parte dos estabelecimentos comerciais.

A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas atingiu 94,9% em julho de 2011. Isto significa que, durante o mês passado, a cada 1.000 pagamentos realizados, 949 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Houve queda em relação a junho/11, mês em que a pontualidade havia registrado 95,1% e, na comparação com o mesmo mês do ano passado (julho/10), a pontualidade de pagamentos recuou 0,4 ponto percentual (estava em 95,3% em julho/10), o quinto recuo interanual consecutivo do indicador.

Em julho/11 as maiores quedas interanuais (em comparação a julho de 2010) na pontualidade de pagamento ocorreram nas micro e pequenas empresas industriais (recuo de 0,5 ponto percentual) e de serviços (queda de 0,9 ponto percentual). Já nas micro empresas do setor comercial houve elevação de 0,1 ponto na pontualidade de pagamento em julho/11 em comparação com o mesmo mês de 2010.

O valor médio dos pagamentos efetuados pontualmente pelas micros e pequenas empresas durante o mês de julho/11 atingiu R$ 1.716,70, elevando-se em 3,8% em relação ao verificado no mês imediatamente anterior (junho/11). No acumulado dos primeiros sete meses de 2011, em relação ao mesmo período do ano passado, o valor médio dos pagamentos pontuais elevou-se em 6,2% (R$ 1.589,06 contra R$ 1.496,55) ligeiramente abaixo, portanto, da inflação acumulada no período (6,4%, medida pelo IPCA-IBGE).

A queda do valor, em termos reais, dos pagamentos pontuais na média do primeiro semestre, é um sinal adicional de dificuldade que as micro e pequenas empresas estão encontrando em quitar seus compromissos em dia, salientam os economistas da Serasa Experian.

 

Fonte: Serasa Experian


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