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04/03/2013 08h44

Microempresas são as que mais geraram empregos

De 2003 a 2012, o estado acumulou pouco mais de 175 mil empregos

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O Rio Grande do Norte acumulou um saldo positivo na geração de postos de trabalho com carteira assinada na última década. De 2003 a 2012, o estado acumulou pouco mais de 175 mil empregos. O desempenho mais significativo foi registrado nas empresas que possuem até 19 funcionários.

Somente nos últimos sete anos, o número de contratações suplantou o de demissões nas microempresas, chegando a um saldo de 132,9 mil vagas. As informações constam na Análise da Evolução do Mercado de Trabalho Formal, documento elaborado pela equipe técnica do Sebrae no Rio Grande do Norte.

A análise verifica o comportamento da geração de empregos no estado, comparando com a evolução verificada nos demais estados da região Nordeste e restante do Brasil ao longo da última década com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), considerando a série ajustada. Segundo a análise, o ano de 2010 figura como o período de maior geração de empregos formais tanto no Brasil quanto no Rio Grande do Norte. O saldo foi de 2,5 milhões em todo o País e 29.7 mil no Estado.

São Paulo é o maior gerador de empregos do Brasil, responsável por 25,84 % dos novos empregos celetistas gerados em 2012, enquanto o RN responde por 0,94%, ocupa a 18ª colocação no Brasil e a 6ª posição na região Nordeste.

No Rio Grande do Norte, a diferença entre o número de empregos gerados em 2012 e em 2011 foi de somente quatro vagas a menos, em 2012, apesar de o crescimento proporcional em relação aos demais estados nordestinos ter saltado de 3,7% para 6,4%. Isso ocorreu não em função do maior número de empregos em território potiguar, mas pela redução em outras unidades da Federação, principalmente Alagoas.

O documento elaborado pelo Sebrae-RN comprova a relação entre o tamanho da empresa e os empregos gerados, principalmente em épocas de crise. Nos últimos anos, esse fato vem se acentuando, principalmente pela extinção de postos de trabalho nas médias e grandes empresas, e até na pequena empresa.

Brasil, Nordeste e Rio Grande do Norte apresentam situação semelhante no tocante à representatividade da microempresa na criação de novos empregos. No Nordeste, em 2012, as microempresas foram responsáveis por pouco menos de 200% dos empregos gerados, uma vez que nas demais faixas de empresas as demissões superaram as admissões. Situação semelhante é observada no RN, com números menores.

Pela série histórica, entre 2006 e 2012, o saldo acumulado de empregos no Rio Grande do Norte por porte ficou distribuído da seguinte forma: microempresas (132.942 empregos), Pequenas Empresas (4.197 empregos), médias empresas (5.973 empregos) e grandes empresas (-13.822 empregos).

Maiores empregadores
Observando o comportamento por setores em âmbito nacional, o saldo positivo dos 1.301.842 novos empregos, gerados em 2012, foi puxado pelos empregos gerados no setor de Serviços (666.160), Comércio (372.368) e Construção Civil (149.290).

A distribuição dos empregos por atividade econômica mostra a estabilidade em algumas delas, ao longo dos anos, principalmente comércio e serviços, enquanto outras atividades enfrentam crises e passam por períodos de redução de vagas de trabalho. Na década (2003 a 2012), o Rio Grande do Norte acompanhou o comportamento do País no ano passado e o setor de serviço foi o que obteve o melhor saldo de empregos (52.696 vagas), enquanto o comércio ocupou a segunda posição na geração de postos de trabalho formal, com 51.861 empregos.

Já a construção civil registrou um saldo de 24.488 postos de trabalho ao longo dos dez anos e a indústria de transformação com 19.263 empregos. A indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, a mais importante na indústria de transformação, influenciou fortemente os baixos resultados de empregos no Rio Grande do Norte. Pela análise, em apenas em 2011, as demissões superaram as admissões nesse segmento com 4.610 vagas encerradas.

A configuração da distribuição das vagas ainda fica com as maiores cidades. Entre 2010 e 2012, os cinco municípios que mais geraram vagas foram Natal, Mossoró, Parnamirim, Assú, e Caicó. De acordo com o documento, essa distribuição de postos de trabalho, no entanto, não acompanha o ranking do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que é liderado por Guamaré (R$ 96,3 mil), seguido de Porto do Mangue (R$ 27,1 mil), Baía Formosa (R$ 22,2 mil), Galinhos (R$ 21,8 mil) e Areia Branca (R$18 mil).

 

Fonte: Agência Sebrae RN


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