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21/02/2013 08h47

Piscicultores do Seridó se unem para vender mais

Parte dos criadores que farão parte da associação chegou a produzir 450 toneladas de pescado

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A região do Seridó é conhecida no Rio Grande do Norte por abrigar grandes reservatórios, como os açudes Itans e Gargalheiras, característica que favorece a atividade econômica da piscicultura. Agora, pequenos produtores de pescado da região estão se unindo para ganhar mais competitividade, novos mercados consumidores e para baratear os custos de produção. Nesta quinta-feira (21), um grupo de 25 empreendedores do setor formalizará a Associação de Criadores de Peixe do Seridó. A solenidade será realizada, às 13h, na sede do Escritório Regional do Sebrae no Seridó Ocidental, instalado em Caicó. A iniciativa tem o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) e Estação de Piscicultura de Caicó, além do Sebrae no Rio Grande do Norte.

No ano passado, parte dos criadores que farão parte da associação chegou a produzir 450 toneladas de pescado, entre tambaquis, carpas e tilápias, cultivado em tanques, escavados, de rede ou em açudes. A expectativa é de que, com a união, a produção anual suba para 2 mil toneladas, em condições climáticas normais. Isso porque a proposta da instituição é ampliar a área de comercialização e logística do pescado com a estruturação de uma Central de Distribuição e Compras, o que também minimizará um dos principais entraves para expansão da atividade: o alto valor dos insumos. Com a central, a compra, por exemplo, de ração - que representa cerca de 80% dos custos de produção - poderá ser feita em grande escala e negociada diretamente com o fabricante.

Escoamento da produção
Na avaliação do executivo, existe uma demanda de consumo para esse tipo de produto localmente, com a introdução do pescado em programas municipais de aquisições públicas, como é o caso do Compra Direta, programa responsável pelo abastecimento da merenda escolar nas redes de ensino público municipais. "Tendo um planejamento de produção, há demanda para negociação, inclusive com as principais redes de supermercados que atuam no Estado", argumenta Rangel de Araújo, apontando que a margem de lucro poderá ser elevada a até 50% em relação ao já é praticada atualmente. Segundo ele, as compras conjuntas de insumos também poderão proporcionar um barateamento que gira entre 10% e 20%.

A possibilidade de união e redução de custos de produção animou o técnico agrícola Agripino Cunha Ribeiro, piscicultor que possui 17 tanques escavados em Caicó. Estrutura onde produz em média de 45 toneladas anuais pescado, 80% de tambaqui e 20% de tilápia. Produção é que repassada a um comprador do Piaui. "A associação será muito importante para o escoamento da produção e para o fortalecimento do setor. Vamos ganhar em garantia de escala de produção, o que nos possibilita chegar a outros mercados e a grandes compradores", entusiasma-se o produtor.

Para Agripino Cunha, um dos maiores benefícios da criação de associação é a possibilidade de redução do custo dos insumos, que, segundo ele, poderá cair até 20%. A ração é o que mais pesa no bolso do criador caicoense. "A instituição de uma associação facilitará inclusive aquisição de crédito para compras de máquinas e equipamentos para beneficiamento do pescado. Temos como intuito incentivar o consumo de peixe localmente. Vejo na associação um caminho para isso". A proposta da associação é reunir não apenas criadores potiguares, mas também de cidades de outros estados que fazem fronteira com o Rio Grande do Norte e têm vocação para a piscicultura.

 

Fonte: Agência Sebrae RN


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