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17/10/2011 14h02 - Atualizado em 17/10/2011 14h11

RN produzirá experimentalmente pêra, maçã e caqui

Pólos potiguares de fruticultura irrigada podem ser primeiros a receber projeto para produzir frutas de clima temperado.


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Principais polos de fruticultura irrigada do Rio Grande do Norte, os territórios Açu-Mossoró, Apodi e Mato Grande poderão ser as primeiras regiões no Estado a produzir frutas de clima temperado. Bases de pesquisa serão instaladas nessas áreas para iniciar o cultivo experimental de maçã e pêra a partir do próximo ano. O projeto foi apresentado pelo pesquisador e engenheiro agrônomo Paulo Roberto Coelho Lopes, da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), dentro da programação do Espaço Empreendedor do Sebrae na Festa do Boi. A iniciativa deverá contar com recursos do Banco do Nordeste, Sebrae e parceiros.

A experiência de cultivar frutas de clima temperado já vem sendo aplicada com sucesso nos estados da Bahia e Ceará, onde os fruticultores já conseguem colher maçãs, caquis e peras. “Criamos um sistema de manejo específico para que essas frutas se desenvolvam mesmo em clima quente, através de sistema de podas e inibidores de crescimento”, explica Paulo Roberto Lopes sobre a viabilidade da produção dessas espécies no Nordeste.

O projeto teve início na cidade pernambucana de Petrolina, em 2004, e, há um ano, a experiência foi replicada no Ceará. Em 2012, será a vez do Rio Grande do Norte entrar nas pesquisas. “Pelos resultados que já obtivemos, acredito que a plantação seja possível e que o Rio Grande do Norte tem bom potencial”, ressalta o engenheiro. Os custos do projeto, que funciona como uma base de observação dessas lavouras, ainda serão levantados. A idéia é contar com o apoio do Banco do Nordeste para financiar os estudos. Além do Sebrae e BNB, o projeto deverá ter como parceiros a Embrapa, Emparn, Ufersa e Coex.

De acordo com o diretor superintendente em exercício do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, o convênio entre as instituições deverá ser assinado ainda este ano. “Vamos elaborar o projeto e apresentá-lo ao Governo do Estado e, assim, começar os estudos no próximo ano. Essas pesquisas serão desenvolvidas dentro do projeto de Fruticultura do Sebrae-RN”. Segundo João Hélio, já iniciaram conversas preliminares com o BNB para o financiamento das pesquisas, através do Etene, divisão do banco que dá apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico da região.

Além de maçã e pêra, há também a possibilidade de testar o cultivo de cacau, café e caqui em solo potiguar. “Os resultados são muito animadores. Em pouco tempo, teremos desenvolvido o cultivo dessas frutas aqui, no RN. Essas culturas atendem bem tanto ao médio quanto ao pequeno produtor. Só para citar, teremos uma área de observação que será instalada em Maxaranguape, onde os beneficiados serão um grupo de pequenos produtores da localidade”, destaca Paulo Roberto Lopes.

A principal vantagem de se produzir espécies frutíferas típicas de regiões mais frias no semiárido tem a ver com o custo do produto para o consumidor final. Uma economia seria com o frete, que encurtado em pelo menos 4 mil quilômetros, distância o Nordeste das áreas produtoras.

 

Fonte: Agência Sebrae RN


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