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04/12/2012 09h45

Brasil crescerá 4% e indústria terá expansão de 4,1% em 2013

NI estima que os investimentos aumentarão 7% e o desemprego cairá para 5,3%

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Apesar do fraco desempenho em 2012, a economia e a indústria brasileira retomarão o crescimento no próximo ano. O Produto Interno Bruto (PIB) do país terá uma expansão de 4% e a indústria crescerá 4,1% em 2013. As previsões estão na edição especial do Informe Conjuntural - Economia Brasileira, divulgado nesta segunda-feira, 3 de dezembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O documento alerta, no entanto, que a concretização dessas estimativas depende da redução dos custos de produção e do aumento da produtividade. "O Brasil pode crescer com mais ou menos intensidade", destaca o Informe Conjuntural. "Com avanços na competitividade, podemos crescer 4% ou mais de forma sustentada; sem eles, o teto é de 3%", adverte o estudo.

Conforme o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, as perspectivas para 2013 são positivas porque os efeitos das medidas de estímulo à economia, como a desoneração da folha de pagamento, a redução dos juros e das tarifas de energia, serão sentidos nos próximos meses. Mas ele lembrou que o país precisa de outras ações para incentivar a competitividade das empresas e os investimentos.

Entre as medidas necessárias, Andrade citou a renovação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), programa que dá crédito presumido de 3% sobre as exportações para compensar os créditos tributários não recuperáveis, o fim da guerra fiscal e a desoneração total dos investimentos. "Os investimentos são responsáveis pelo crescimento duradouro da economia", disse Andrade.

O cenário positivo para 2013 considera continuidade da crise na Europa e nos Estados Unidos sem grandes rupturas, mas com processo lento de recuperação, e a efetividade das medidas de estímulo à economia brasileira, principalmente às destinadas a aumentar a competitividade da indústria. Caso isso ocorra, os investimentos crescerão 7% e o consumo das famílias aumentará 3,8%. Com a recuperação da economia, o emprego e a renda dos trabalhadores continuarão aumentando. "A taxa de desemprego média deverá cair para 5,3% em 2013, novo piso histórico", prevê a CNI.

Mas a CNI alerta para a possibilidade de um cenário alternativo, no qual as medidas de apoio ao aumento da competitividade serão insuficientes para ampliar a confiança dos empresários e os investimentos na indústria. Nesse cenário menos otimista, é provável que a indústria cresça apenas 2,3% em 2013. O PIB aumentará 3% e os investi­mentos, 4%. "Para o consumo das famílias pouca coisa mudaria, mesmo considerando menor ritmo da economia. A diferença estaria somente na origem dos produtos adquiridos, já que uma parcela maior do consumo seria direcio­nada para os produtos importados", estima o Informe Conjuntural.

 

 

Fonte: CNI


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