Lei de acesso ao patrimônio genético incentivará pesquisas e inovações que usam recursos da biodiversidadeNa avaliação da CNI, a partir da legislação será possível alavancar pesquisas com a biodiversidade brasileira |
notícias relacionadas
- Desenvolvimento passa por simplificação de impostos, diz Levy a industriais
- Nível de conhecimento do brasileiro sobre Educação Financeira aumenta, mas ainda não se reflete no Comportamento
- IBGE divulga levantamento inédito: aquicultura somou R$ 3 bilhões em 2013
- IPCA-15 cresce 0,38% em novembro, abaixo da alta registrada em outubro
- Taxa de desemprego fica em 4,7% em outubro
- Cientistas da USP usam proteínas para eliminar a leishmaniose
- Amaro Sales e Flávio Azevedo empossados na CNI
- 1ª pesquisa nacional sobre o e-commerce brasileiro
- Construção civil continua desaquecida, segundo pesquisa da CNI
- Indústria reforça apoio à MP dos Portos
- Otimismo dos brasileiros cai 1,9% e atinge menor valor desde agosto de 2011
- Faturamento da indústria caiu 3,7%
- Investimentos no país crescem 4% e podem ser a principal alavanca da indústria
- Brasileiros estão mais otimistas, mostra pesquisa da CNI
- Confiança do empresário cai em março, informa pesquisa da CNI
- Baixo investimento público na economia preocupa a indústria
- Cai a ociosidade na indústria, informa CNI
- PIB fraco justifica manutenção da Selic, avalia CNI
- "A indústria de transformação teve um desempenho ruim em 2012", diz CNI
- Custos da indústria brasileira sobem mais do que preços de produtos industrializados
- Após dois meses em queda, faturamento da indústria cresce 2,5%
- 85,4% as empresas industriais estão dispostas a investir em 2013
- Brasil crescerá 4% e indústria terá expansão de 4,1% em 2013
- Consultor da CNI ministra palestra sobre "Como reduzir tarifa de energia elétrica"
- Sobe faturamento da Indústria, diz CNI
- CNI defende medidas de estímulo ao crédito para proteger indústria do risco de aumento das importações com crise
- “Incentivar a importação é um atentado ao desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, diz Flávio Azevedo
- Produção industrial brasileira volta a crescer em maio
- Confiança da indústria diminui pelo sexto mês consecutivo, aponta FGV
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende a aprovação urgente, pelo Senado Federal, das novas regras para acesso ao patrimônio genético, que são as informações contidas nas plantas e animais. O Projeto de Lei 7.735/2014, que estabelece critérios para o acesso aos recursos genéticos da biodiversidade e a repartição dos benefícios resultantes de seu uso econômico, foi aprovado nessa terça-feira, 10 de fevereiro, na Câmara dos Deputados. Agora, o PL segue para votação no Senado e entrará em vigor após sanção presidencial.
Na avaliação da CNI, a partir da legislação será possível alavancar pesquisas com a biodiversidade brasileira e incrementar o desenvolvimento de produtos de uso sustentável com base no rico potencial do país, em setores como o fármaco, têxtil, de alimentação, energia, cosméticos, entre outros. As novas regras vão simplificar o acesso ao patrimônio genético e facilitar inovações a partir do uso de recursos da biodiversidade.
“A nova lei vai eliminar os obstáculos impostos pela legislação atual. Essa é uma oportunidade para o Brasil, que detém pelo menos 13% das espécies do mundo. A capacidade de transformar recursos genéticos em produtos inovadores resulta em vantagem competitiva para o país”, destaca a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.
Segundo a diretora da CNI, o PL 7.735/2014 é positivo para o país, pois contempla os interesses de diversos segmentos. Entre os principais avanços da proposta de marco legal, está a desburocratização do acesso ao patrimônio genético, a definição de critérios objetivos para a repartição de benefícios e a criação de mecanismos simplificados de regularização e adequação das atividades em andamento ao novo marco legal. “A aprovação desse PL e a entrada em vigor das novas regras são fundamentais para o Brasil avançar na agenda de bioeconomia”, ressalta Mônica.
Hoje, o acesso aos recursos genéticos da biodiversidade é regulamentado pela MP 2.186-16/2000. Pesquisa realizada em 2014 pela CNI com representantes de empresas, governantes e acadêmicos mostra que, para 78,8% dos entrevistados, a atual legislação produz insegurança para o desenvolvimento da bioeconomia no país e encarece a pesquisa e o desenvolvimento de produtos baseados em recursos genéticos da biodiversidade.
Mônica Messenberg alerta, no entanto, que, para o efetivo avanço da agenda da bioeconomia, a aprovação de novas regras sobre o acesso ao patrimônio genético precisa ser acompanhada de políticas que estimulem a inovação e a competitividade nas indústrias. A bioeconomia é uma economia sustentável, que reúne os setores que utilizam recursos biológicos. Esse mercado oferece soluções eficazes para os grandes desafios sociais, como a crise econômica, as mudanças climáticas, substituição de recursos fósseis, segurança alimentar e saúde da população.
BIOECONOMIA – Dono da maior biodiversidade do mundo, o Brasil pode se transformar em uma potência em bioeconomia, com potencial para provocar uma nova revolução industrial. Além de buscar soluções para desafios como mudanças climáticas e estímulo ao uso de energias renováveis, a bioeconomia abrange pesquisas alternativas para aumentar a produção de alimentos e produtos que melhorem a saúde das pessoas. Só no mercado compreendido pela biotecnologia industrial, a expectativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de que sejam movimentados, no mundo, € 300 bilhões em 2030.
Preocupada em fazer com que o país aproveite as oportunidades latentes nesse campo, a Confederação Nacional da Indústria preparou o documento Bioeconomia: uma Agenda para o Brasil. Lançado em outubro de 2013, a publicação traz seis propostas comuns para as áreas de biotecnologia industrial, saúde humana e agronegócio. São elas: modernização do marco regulatório para bioeconomia; aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação; adensamento da base científico-tecnológica; ampliação e modernização da infraestrutura laboratorial; estímulo ao empreendedorismo e disseminação da cultura da inovação.
Fonte: Fiern