Salesiano 26/08/24

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09/09/2015 13h50

Nível de conhecimento do brasileiro sobre Educação Financeira aumenta, mas ainda não se reflete no Comportamento

Apesar de a nota em Conhecimento ter aumentado para 7,7, atingindo o maior índice em três anos, a nota final de Educação Financeira dos brasileiros em 2015 não se alterou

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O subíndice Conhecimento, que compõe o Indicador de Educação Financeira (IndEF), atingiu nota 7,7 na edição 2015. Mas, apesar de o consumidor estar mais informado, a nota do Comportamento em relação às finanças ficou em 5,5. Já a avaliação geral entre as pessoas com menos escolaridade aumentou. A nota final em Educação Financeira para os brasileiros em 2015 não sofreu variação em relação aos dois anos anteriores: 6,2

Site da Serasa disponibiliza o teste para verificar seu conhecimento sobre o tema

O brasileiro acumulou mais conhecimento em Educação Financeira em 2015. Esta é uma das conclusões da terceira edição do Indicador de Educação Financeira (IndEF)Elaborado pela Serasa Experian e Ibope Inteligência, o IndEF tem como objetivo mostrar, a cada ano, o nível de Educação Financeira no Brasil. O indicador é formado por três subíndices:Conhecimento, que avalia o entendimento sobre conceitos financeiros, Atitude, que considera como a pessoa interpreta sua relação com o dinheiro, e o subíndice Comportamento, que mede as ações financeiras do entrevistado propriamente ditas: se gasta mais do que ganha, se guarda dinheiro e planeja o futuro etc. Apesar de a nota em Conhecimento ter aumentado para 7,7, atingindo o maior índice em três anos, a nota final de Educação Financeira dos brasileiros em 2015 não se alterou, ficando em 6,2, a mesma da edição anterior.

Já a nota do subíndice Comportamento apresentou ligeira queda em relação ao ano passado (5,6, em 2014) e ficou em 5,5. Segundo o superintendente da Serasa Consumidor, Julio Leandro, uma das justificativas para o Conhecimento ter aumentado e Comportamento não é a lacuna natural entre teoria e prática. “As informações adquiridas sobre assuntos financeiros precisam de um tempo para se transformar em bons hábitos” diz. “Avaliando o cenário econômico do país, que é recessivo, o fato de Conhecimento estar com pontuação mais alta e a nota geral se manter estabilizada pode ser considerado positivamente: devido às adversidades da vida financeira, os brasileiros estão se esforçando para entender melhor sobre as questões que envolvem o orçamento.” O subíndice Atitude também ficou inalterado em 6,3.

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Mesmo com a nota geral em Comportamento mais baixa, entre as famílias com renda de até um salário mínimo, o subíndice saiu de 5,4 (2014) para 5,7 (2015). “O aumento já pode refletir a prática dos conhecimentos adquiridos por essas pessoas que, diante da crise, precisaram mudar seus hábitos financeiros”, diz o superintendente.

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O indicador trabalha com uma escala de 0 a 10 para as avaliações. Quanto maior o índice, maior o nível de Educação Financeira. Para o IndEF 2015 foram entrevistadas 2.002 pessoas maiores de 16 anos, no primeiro semestre do ano, em todos os Estados e no Distrito Federal, incluindo capitais, periferia e interior. Os subíndices que compõem o Indicador de Educação Financeira têm pesos diferentes: Atitude (24%), Conhecimento (26%) e Comportamento (50%).

Menos escolarizados têm aumento da nota

Entre as pessoas com menos escolaridade, a nota de Educação Financeira aumentou em relação a 2014. O grupo que nunca cursou escola subiu de 5,8 para 6,2 e os entrevistados com ensino fundamental incompleto saíram de 6,1 para 6,2. Já entre aqueles com ensino fundamental completo a nota se manteve estável, em 6,3, a mesma do ano passado.

 

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Aumenta a nota de educação financeira de quem está poupando

A nota das pessoas que afirmam estarem poupando subiu e atingiu a nota 6,9 contra 6,8 da última edição. O IndEF 2015 também verificou um aumento da nota das pessoas que poupam em praticamente todas as classes sociais, exceto entre os entrevistados que recebem de cinco a 10 salários mínimos. Aqui se registrou uma pequena queda de 45% (2014) para 44% (2015). Entre o grupo que vivem com até um salário mínimo, 25% afirmou ter poupado nos últimos 12 meses, contra 17%, em 2014. E o maior aumento percentual de poupadores foi entre aqueles com rendimentos acima de 10 salários mínimos: de 57%, no ano passado, para 75% em 2015.

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Estabilidade

O IndEF se manteve estável por gênero na comparação com a edição 2014. Assim como na nota geral, o subíndiceConhecimento cresceu para homens e mulheres e Comportamento apresentou recuo em ambos os sexos, sendo o decréscimo ligeiramente maior entre o público feminino: para homens a nota foi de 5,6 para 5,5 e, para as mulheres, de 5,6 pra 5,4.

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Educação Financeira X faixa etária

A nota em Educação Financeira também apresentou estabilidade na maioria das divisões etárias, exceto na população entre 45 e 54 anos na qual se registra uma pequena oscilação para baixo, em relação ao ano passado: de 6,4, em 2014, para 6,3, em 2015. Já nos extremos da tabela observa-se um movimento ascendente: jovens de 16 e 17 anos tiveram nota 5,9 (5,8 em 2014) e pessoas acima de 65 anos receberam nota 6,4 (6,3, em 2014).

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Classes sociais

A nota em Educação Financeira pouco variou entre as classes sociais. O subíndice Conhecimento cresceu em todas as faixas em relação às edições anteriores e Comportamento decaiu, exceto nas classes D e E, que registraram variação para cima (de 5,5, em 2014, para 5,6, em 2015)

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Seguem abaixo alguns motivos que ajudaram a baixar a nota de Comportamento do brasileiro:

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Terceirização da Educação Financeira

O IndEF apontou que a nota em Educação Financeira é menor quando as decisões são delegadas a terceiros. Quando as determinações financeiras ficam a cargo do cônjuge/companheiro a nota é a mais baixa da amostra 2015: 5,6. Já quando a decisão é tomada pela própria pessoa, sem interferências, observa-se aumento no índice de Educação Financeira, que passou de 6,3 (2014) para 6,4 neste ano.

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Novidades IndEF

O IndEF 2015 trouxe novidades, com duas avaliações inéditas, que mediram a nota de Educação Financeira dependendo do tipo de moradia e do estresse financeiro. As pessoas que moram em casas emprestadas ou cedidas receberam a melhor nota em 2015: 6,4. Em segundo lugar, os moradores de casas próprias quitadas, com 6,3.

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O nível de Educação Financeira é inversamente proporcional ao nível de estresse financeiro. O grupo menos estressado financeiramente recebeu a melhor nota do IndEF 2015, 6,8, enquanto os entrevistados mais afetados pelo estresse tiveram a menor nota: 5,4.

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IBOPE Inteligência

Empresa do Grupo IBOPE dedicada ao conhecimento do comportamento das pessoas e de todas as suas relações: familiar, social, política, de consumo e de utilização de serviços. Especialista em soluções de pesquisa de opinião e mercado, off e online, quantitativas e qualitativas, geonegócios, inovação, data mining e ferramentas de análise e integração de dados.

Instituto Paulo Montenegro

O Instituto Paulo Montenegro é uma organização sem fins lucrativos que, com base nos mais de 70 anos de experiência do Grupo IBOPE em pesquisa, desenvolve e dissemina propostas educacionais inovadoras que contribuem para a melhoria da qualidade da educação, com vistas a contribuir para a diminuição das desigualdades sociais, a melhoria das condições de vida da população, assim como na inserção do país em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado.

Desde sua criação, no ano 2000, o Instituto Paulo Montenegro coordena o investimento social do Grupo IBOPE, confirmando sua atuação como uma empresa socialmente responsável, no Brasil e em outros 13 países da América Latina.

Fonte: Serasa Experian


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