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27/09/2011 15h58

Tombini ainda confia no cumprimento da meta de inflação

Segundo o IBGE, o IPCA ficou em 7,23% no período de 12 meses encerrado em agosto, o maior índice desde junho de 2005.

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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, voltou a dizer hoje (27) que a inflação este ano não deve ultrapassar o teto da meta de 6,5%. “Será possível passar por baixo do teto da meta. A inflação estará ao redor desse nível no final do ano”, assegurou Tombini, após participar de audiência pública, no Senado. Tombini acrescentou que a inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está em quase 7,3% e deve cair quase 1 ponto percentual até o fim do ano.

De acordo com o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 7,23% no período de 12 meses encerrado em agosto, o maior índice desde junho de 2005 (7,27% no resultado anualizado).

De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, analistas do mercado financeiro consultados pela autoridade monetária esperam que a inflação ultrapasse o teto da meta deste ano, fixado em 6,5%. A projeção, por enquanto, é que a inflação feche 2011 em 6,52% e caia, em 2012, para 5,52%. Mas, para o presidente do BC, a inflação vai convergir para o centro da meta (4,5%) no ano que vem.

Na audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tombini destacou que, com a crise econômica mundial, a expectativa é de moderação no crescimento da economia brasileira este ano, sem comprometer muito o crescimento. “Temos capacidade de continuar crescendo, trazendo a inflação para o centro da meta”, enfatizou.

De acordo com Tombini, além da moderação do crescimento da economia, a estabilidade da economia brasileira e uma esperada queda de preços das commodities (produtos primários, com cotação internacional) devem contribuir para a queda da inflação.

Segundo Tombini, a economia ainda vai sentir os efeitos do aumento da taxa Selic em 1,75 ponto percentual até julho. Isso ocorrerá apesar da reversão desse movimento, com início em agosto, quando o Banco Central voltou a reduzir a taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está em 12% ao ano.

Fonte: Agência Brasil


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