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30/01/2014 08h32

Indústria da construção potiguar encerra 2013 com retração

O nível de atividade ainda foi considerado abaixo do padrão usual para os meses de dezembro

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A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, mostra em dezembro que a atividade do setor no Rio Grande do Norte recuou pelo terceiro mês consecutivo. O nível de atividade ainda foi considerado abaixo do padrão usual para os meses de dezembro. Em virtude do menor dinamismo da atividade, o número de empregados também caiu. Na avaliação trimestral, as condições financeiras das empresas permanecem desfavoráveis em relação ao trimestre anterior, o acesso ao crédito continua difícil e as margens de lucro insatisfatórias. Os preços médios de insumos e matérias-primas também foram apontados pelos empresários potiguares como mais altos.

Registre-se que, na opinião dos empresários, durante todo o ano de 2013, a atividade só cresceu em janeiro e setembro, o número de empregados em setembro e a utilização da capacidade operacional manteve-se abaixo de 70% a partir de fevereiro. Os empresários também se mantiveram insatisfeitos durante todo o ano com a situação financeira e a margem de lucro operacional de suas empresas, encontraram dificuldades no acesso ao crédito, e se ressentiram dos crescentes custos dos insumos e matérias-primas. Apesar destas avaliações desfavoráveis, no mês de janeiro, as expectativas para os próximos seis meses, são mais otimistas do que as apuradas em dezembro, e, inclusive, melhores do que as da indústria nacional, captadas pela CNI.

A elevada carga tributária continuou sendo considerada como o principal problema enfrentado pelas empresas no último trimestre de 2013, seguido pelo alto custo de mão de obra e pela falta de trabalhador qualificado, os dois últimos com aumento nas assinalações relativamente ao período imediatamente anterior.

SONDAGEM DA CNI
Indústria da construção fecha 2013 com atividade em queda

O nível de atividade da indústria da construção brasileira ficou em 44,5 pontos e o número de empregados no setor foi de 45,2 pontos em dezembro do ano passado. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores de atividade e de número de empregados variam de zero a cem. Abaixo de 50 indicam retração da atividade e do emprego.

Com isso, a utilização da capacidade de operação das empresas, variável que mede o percentual utilizado no mês do volume de recursos, mão de obra e maquinário, diminuiu de 70% em novembro para 69% em dezembro. Foi a segunda queda consecutiva do indicador. De acordo com a pesquisa, a indústria da construção teve em 2013 o pior desempenho desde 2010. "O indicador de evolução do nível de atividade efetivo em relação ao usual situou-se abaixo dos 50 pontos durante todo o ano", diz a Sondagem. A média do indicador no ano passado foi de 44,7 pontos.

Para o economista da CNI Danilo Garcia, um dos fatores que explica o fraco desempenho do setor em 2013 é a dificuldade de acesso ao crédito. O indicador de acesso ao crédito fechou o quarto trimestre em 41,9 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que revela dificuldade de obtenção de financiamentos. O indicador médio do ano foi de 43,2 pontos, menor que os 47,6 pontos de 2012 e os 50,4 pontos de 2010.
LUCRO E PREÇO - Além disso, os empresários continuam insatisfeitos com a margem de lucro. O indicador de margem de lucro operacional ficou em 46,6 pontos no quarto trimestre, abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Ainda no quarto trimestre, o indicador de preço dos insumos e matérias-primas alcançou 60,7 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, que revela aumento. A situação financeira foi considerada satisfatória no quarto trimestre, com indicador de 49,8 pontos, muito próximo da linha divisória de 50 pontos.

Entre os principais problemas enfrentados pela indústria da construção no quarto trimestre, os empresários citaram a elevada carga tributária (48,2% das respostas), a falta de trabalhador qualificado (44,5% das respostas) e o alto custo da mão de obra (25% das assinalações).

Mesmo assim, os empresários começam 2014 mais otimistas em relação ao futuro. Em janeiro, o indicador de expectativas para os próximos seis meses em relação ao nível de atividade subiu para 57,7 pontos e o de expectativa em relação a novos empreendimentos e serviços aumentou para 58,4 pontos. Também melhoraram as perspectivas sobre a compra de insumos e matérias-primas (56,6 pontos) e de evolução do número de empregados (56,6 pontos). Apesar do maior otimismo, esses indicadores ainda estão abaixo do observado em janeiro do ano passado. Os indicadores de expectativa variam de zero a cem. Acima de 50 indicam expectativas positivas.

Realizada em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Sondagem Indústria da Construção de dezembro de 2013 ouviu 463 empresas, das quais 144 de pequeno porte, 203 médias e 116 grandes, entre 6 e 16 de janeiro deste ano.

 

Fonte: Fiern


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