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22/08/2012 09h06 - Atualizado em 22/08/2012 09h10

Atividade industrial se mantém estável

Mesmo com aumento da atividade industrial em julho frente a junho, o setor repetiu no início do segundo semestre o baixo desempenho dos primeiros seis meses do ano

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A sondagem das indústrias extrativas e de transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que a produção industrial potiguar ficou estável em julho, após registrar recuo no mês anterior. Ou seja, ocorreu um crescimento isolado em algumas empresas, mas que não foi suficiente para impactar o conjunto da indústria.

O número de empregados registrou queda pelo sétimo mês consecutivo, e a utilização da capacidade, apesar de haver crescido, continuou abaixo do usual, tendência que já dura 11 meses. Além disso, os estoques de produtos finais voltaram a aumentar e se distanciaram do nível desejado.

Mesmo com um cenário de dificuldades, os industriais mostram-se mais otimistas quanto à evolução dos negócios nos próximos seis meses. Até o final do ano espera-se um aquecimento da atividade, seja como resposta aos estímulos oferecidos pelo Governo, que, inclusive, já impactaram o varejo, seja como tendência típica de alta sazonal de consumo.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados neste dia 21/08 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais reportaram discreto aumento da produção, conforme indicador de 51,1 pontos.

SONDAGEM DA CNI
Indústria cresceu pouco em julho e continuou acumulando estoques. Mesmo com aumento da atividade industrial em julho frente a junho, o setor repetiu no início do segundo semestre o baixo desempenho dos primeiros seis meses do ano e continuou acumulando estoques. O indicador de evolução da produção registrou 51,1 pontos e o estoque efetivo em relação ao planejado atingiu 52,2 pontos em julho.

As informações são da Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 21 de agosto. Os valores variam de zero a cem. Acima de 50 pontos indicam aumento da produção, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade acima do usual.

A pesquisa diz que o baixo crescimento da produção, cujo indicador ficou próximo da linha dos 50 pontos, não estimula o aumento do emprego. O índice do número de empregados ficou em 48,5 pontos em julho, sinalizando perda de postos de trabalho no setor industrial.

A indústria operou, em média, com 73% da capacidade instalada no mês passado. Segundo a Sondagem, o índice de utilização da capacidade instalada (UCI) em relação ao usual para o mês registrou 43,4 pontos em julho. Esse indicador continua abaixo da linha dos 50 pontos desde dezembro de 2010.

Expectativas
Apesar do baixo desempenho da indústria em julho, os empresários do setor continuam otimistas. Em agosto, as expectativas para os próximos seis meses em relação ao aumento de demanda registrou 58,5 pontos e sobre as compras de matérias-primas assinalou 55,2 pontos.

Já os indicadores sobre as perspectivas para o número de empregados e exportação, embora positivos, estão mais próximos da linha dos 50 pontos. Enquanto o índice sobre as exportações ficou em 52,4 pontos em agosto o de número de empregados registrou 51,2 pontos.

A Sondagem Industrial foi realizada entre 1º e 13 de agosto com 1.899 empresas de todo o país, das quais 675 de pequeno porte, 738 médias e 486 grandes.

 

Fonte: Fiern


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