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16/11/2010 18h37

Principais ações e gargalos da energia eólica são discutidos em reunião na Fiern

As licenças ambientais e a qualificação de mão de obra foram alguns pontos debatidos.

Por: Lidiane Lins

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O governo do Estado e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) promoveram uma reunião na tarde desta quinta-feira (16), com empresários vencedores dos leilões de energia eólica do Estado.

Estavam presentes na reunião, o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Segundo de Paula, o presidente da Fiern, Flávio Azevedo, o diretor regional da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Pedro Cavalcanti e o coordenador da equipe de transição da governadora eleita Rosalba Ciarlini, Oberi Rodrigues.

Para o diretor da ABEEólica, a presença de um representante do futuro governo estadual mostra a maturidade do Rio Grande do Norte e a seriedade com que o governo tem tratado a questão da energia eólica.

"O fato de ter um representante do novo governo faz com que os empresários tenham mais confiança no empenho do governo estadual na implantação dos parques e acreditem que os projetos serão desenvolvidos sem maiores problemas", disse Cavalcanti.

Na ocasião, foram discutidas as ações necessárias para a implantação dos parques e a estrutura para seu funcionamento, que está previsto para iniciar a partir de janeiro de 2013.

Um dos temas inclusos na pauta do encontro foi a criação de uma força tarefa junto ao Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), para dar celeridade às análises das licenças ambientais dos parques.

O presidente da Fiern, Flávio Azevedo, disponibilizou recursos da entidade para, através de um convênio firmado com o governo do estado, promover a estruturação do Idema, contratando novos profissionais que deverão agilizar o processo de análise das licenças ambientais.

"Nosso objetivo é acabar com a burocracia que envolve a liberação dessas licenças. Sabemos que o Idema não conta com um número de pessoal suficiente para atender à demanda do setor eólico do estado, que passará a ser intensa a partir de 2012. Com esse convênio, esperamos vencer a burocracia para que a implantação dos parques seja feita dentro do cronograma estabelecido", afirmou Flávio Azevedo.

Gargalos
De acordo com o diretor da ABEEólica, esse é um dos principais gargalos enfrentados pelas empresas aqui no RN. "As licenças ambientais têm sido preocupações da associação. O prazo estabelecido para todas as empresas são muito próximos, correndo o risco de haver um verdadeiro congestionamento das licenças ambientais", destacou Cavalcanti.

Outro gargalo apontado durante a reunião foi a falta de mão de obra qualificada para atuar nas fases de construção e manutenção dos parques eólicos. Somente na fase de implantação, serão gerados 6 mil empregos, para cargos como eletricista e pedreiro.

Para a manutenção dos parques, a estimativa é de que mais 800 profissionais sejam contratados. Este, precisarão estar devidamente qualificados para funções mais específicas e é justamente nessa área onde se encontra a maior carência.

"A Fiern também se compromete a ajudar os esforços de qualificação de recursos humanos para atuar no setor. O CTGás já está começando turmas capacitar esses profissionais,q eu deverão estar prontos para o mercado em um período de 1 a 2 anos", disse Flávio Azevedo.

 


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