Flávio Azevedo deixa um federação unida como herança após oito anos de gestãoEmpresário coloca como grande desafio da próxima gestão a atração dos pequenos empresários para dentro da instituição. |
Por: Felipe Gibson
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Quando assumiu pela primeira vez a presidência da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) em 2003, Flávio Azevedo tomou a frente de uma instituição rachada, herança de uma eleição marcada por intervenções judiciais e conflitos. Oito anos depois - foi reeleito em 2007 - a união entre os representantes do setor industrial é colocada como a grande vitória da gestão do empresário da construção civil, que passa o comando de uma das mais importantes entidades do Rio Grande do Norte em clima de consenso ao amigo e atual vice-presidente da Fiern, Amaro Sales.
Para Flávio Azevedo, o episódio passado "extinguiu-se no pós-eleição", no entanto precisaram oito anos para que a reconciliação com alguns personagens do embate de 2003 fosse a público, algo que não poderia ter acontecido em momento melhor. No pleito deste ano, Azevedo e o então adversário Fernando Bezerra dividiram a mesa do auditório da Fiern, selando a paz e coroando o pleito de uma federação unida, que elegeu Amaro Sales o novo presidente da instituição. "Embora em segmentos distintos, nosso objetivo é um só", afirma o empresário.
Entre os desafios durante a gestão, Azevedo destaca a atração dos micro e pequenos empresários para dentro da Fiern, trabalho que, segundo ele, deve ser continuado por Amaro Sales. De acordo com o presidente da federação, as indústrias menores representam 96% do setor. "São eles que geram a maioria dos empregos, mas são empresas que beiram a informalidade, afugentados pelos impostos", ressalta o presidente da federação, que revela ainda a dificuldade de atrair os pequenos, instalados em grande parte no interior do estado.
A capacidade física e de pessoal para levar unidades móveis da Fiern até as pequenas indústrias tem se constituído como uma barreira difícil. "Levar para o interior depende de recursos, pois são custos de aquisição e mão de obra para transmitir o conhecimento", explica Flávio Azevedo. Com número insuficiente de unidades móveis, tem sido desafiador interiorizar a federação.
Quando o assunto são os projetos previstos para o RN, o empresário coloca o estado como um privilegiado no Nordeste do país. Nessa lógica, Azevedo recorda o trabalho da federação em acreditar nos potenciais do estado. Quando falava em energia eólica alguns anos atrás, o presidente da Fiern lembra que chegou a ser chamado de "Dom Quixote lutando contra o moinho de vento". Comparada a uma fantasia retirada dos romances de cavalaria, a atividade se apresenta hoje como uma mina de ouro para a economia potiguar.
A receita do sucesso, para Flávio, está em não desistir. "Ter acreditado que nós não éramos Dom Quixote lutando contra o moinho, que a ZPE - Zona de Processamento de Exportação - não era um modelo ultrapassado e que o aeroporto de São Gonçalo do Amarante podia se tornar realidade", resume o empresário, que defende a política pública como uma obrigação das instituições sindicais. "Não se pode confundir política sindical e partidária com a pública", pontua.
No próximo dia 30 de outubro, Azevedo passa o comando da Fiern para Amaro Sales. Férias? "Não consigo parar", responde. O empresário planeja continuar o trabalho como terceiro vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e atuar na direção do Centro de Tecnologias & Energias Renováveis (CTGás), onde adianta o desenvolvimento de projetos para a energia eólica, e o interesse da empresa alemã Agro Science em investimentos na biomassa, fonte ainda desacreditada no Nordeste brasileiro.