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27/11/2012 09h24

Economia informal brasileira fica estagnada em 2012, aponta pesquisa

Depois de cinco anos em queda, o índice permanece na casa dos 17%, em função do emprego formal

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A economia informal brasileira, medida pelo IES (Índice de Economia Subterrânea) se manteve inalterada em 2012, na marca de 16,9% do PIB (Produto Interno Bruto), um valor estimado de R$ 748,4 bilhões. Os dados foram divulgados pelo pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) em conjunto com o IBRE/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

Segundo análise dos pesquisadores do IBRE/FGV, a diferença é considerada residual ante os 17% registrados em 2011 e confirma a tendência, já apontada em junho, de que chegou ao seu limite um dos principais responsáveis pelas seguidas quedas do índice: o crescimento do emprego formal.

O indicador apresentava quedas de 0,7 pontos percentuais desde 2007, exceto em 2009, ano da crise mundial, passando de 20,2% em 2006 para 17% em 2011. "Em grande parte, essa queda se explica pelo aumento do mercado de trabalho formal observado nos últimos anos que é uma consequência da boa performance da economia brasileira no período, mesmo durante a crise de 2009", analisa o pesquisador do IBRE/FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho.

No limite
No entanto, para o pesquisador o crescimento do mercado formal de trabalho atingiu seu limite devido a rigidez das leis trabalhistas, que "amarram a economia" e o nível de escolaridade do brasileiro, que impacta na redução da informalidade.

"Segundo a Pnad, entre 2002 e 2011, a informalidade no mercado de trabalho caiu 10 pontos porcentuais, saindo de 43% para 32% do total da população empregada. O acréscimo dos 22 milhões de pessoas que se educaram entre 2001 e 2011, responde por 64% dessa queda", ressalta o Holanda.

Para o presidente-executivo do ETCO, Roberto Abdenur, esses números trazem novas e ricas possibilidades em relação à melhoria do mercado de trabalho no País e também na redução da informalidade na economia.

"Se, por um lado, suavizar as rígidas leis trabalhistas é uma missão cada vez mais imprescindível, investir em educação é muito mais do que uma meta, é uma obrigação para uma nação que se pretende forte e posicionada entre as principais economias do mundo", destaca Abdenur.

 

Fonte: Infomoney


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