Preço dos imóveis sofre desaceleração

Para o Sinduscon RN, redução é normal e reflete momento pós-crise.

Por: Lidiane Lins

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Tendência observada nos últimos meses, o preço dos imóveis residenciais começa a mostrar desaceleração, após um período de crescimento vertiginoso. O agravamento da crise econômica mundial e os possíveis reflexos na economia brasileira têm segurado os reajustes no valor do metro quadrado e a expectativa agora é que os preços dos imóveis fiquem estáveis.

De acordo com informações da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe), os lançamentos de um quarto ou sem divisória, por exemplo, subiram 24,5%, em média, no primeiro semestre ante o mesmo período no ano anterior. Nos primeiros seis meses de 2010, a elevação havia chegado a 77,2%. Segundo os dados da Fipe, essa retração nos preços já acontece há três meses.

Para a vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do estado (Sinduscon RN), Larissa Dantas, o período na verdade, não é de retração, e sim de uma acomodação do setor ao cenário da crise econômica mundial.

"Desde o início do ano, nós temos observado uma desaceleração do crescimento imobiliário aqui no estado, seguindo uma tendência nacional. Mas isso não significa uma retração do mercado. Na verdade, ele continua crescendo, mas em ritmo mais lento, diferentemente da velocidade com que se expandiu após a crise de 2008", disse a vice-presidente.

Segundo ela, esse incremento vertiginoso foi necessário para a retomada do crescimento com a crise. Agora, com a estabilização do mercado, é natural que o setor volte a crescer em ritmo mais próximo ao que era no período antes da crise estourar.

"Não acreditamos em desaceleração, principalmente porque o déficit habitacional no Brasil ainda é grande, e ainda deverá continuar pelos próximos dez anos, segundo a Caixa Econômica Federal, que continua a oferecer financiamentos. Por isso, o crescimento do setor deverá se manter estável".