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05/12/2011 17h50

Natal tem quarta cesta básica mais barata entre capitais pesquisadas

De janeiro a Novembro, houve queda de 6,28% no preço dos alimentos essenciais

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Natal tem a quarta cesta básica mais barata entre as capitais entre as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou pesquisa em Novembro. O preço dos alimentos essenciais chegou a R$ 206,00, o que representa um aumento de 2,72%, em relação ao mês anterior. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, a queda é significativa, correspondendo a -6,28%, e nos últimos 12 meses, ligeira alta de 0,08%. 

A maioria dos produtos alimentícios da cesta aumentou em novembro, com destaque para tomate (9,16%) e banana (7,65%). Também subiram o feijão (4,84%), carne bovina de primeira (4,33%), farinha de mandioca (3,15%), óleo de soja (2,92%), manteiga (2,91%), arroz agulhinha (1,86%) e açúcar refinado (1,46%). Já o preço do café apresentou queda de -0,29%, leite, -1,14% e pão francês, -3,75%.

Também em comparação com novembro de 2010 sete produtos tiveram aumento. Taxas elevadas foram registradas para o café (24%), óleo de soja (21,92%), leite (20,28%), carne (14,27%); e menos expressivas para o pão (10,57%), açúcar (6,12%), e farinha (4,57%); As retrações ocorreram para feijão (-28,91%), banana (-28,35%), tomate (-15.88%), arroz (-14,8%) e manteiga (-7,26%).

Alimentação básica da família natalense custa R$ 618,00 

Considerando uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças, sendo que estas consomem o equivalente a um adulto), o custo da cesta básica, para o sustento dessa mesma família durante um mês, conforme calculado pelo DIEESE, foi de R$ 618,00 contra os R$ 601,55 no mês de outubro. O custo do mês de novembro é equivalente a aproximadamente 1,1 vezes o salário mínimo bruto de R$ 545,00. 

Cesta x Salário Mínimo

A jornada de trabalho necessária para quem ganha o salário mínimo adquirir a cesta básica foi, em novembro, de 83 horas e 09 minutos. Em outubro, a mesma compra requisitava o cumprimento de 80 horas e 57 minutos, e em novembro de 2010 exigia 88 horas e 48 minutos. 

A comparação do custo da cesta com o salário mínimo líquido – após o desconto da Previdência Social – produz resultado semelhante. A porcentagem do salário mínimo comprometida com a compra da cesta foi, em novembro, de 41,08%, enquanto em outubro ficava em 40% e em novembro do ano passado chegava a 41,05%. 

Salário mínimo ideal é de R$ 2.349,26, segundo Dieese

Com base no custo mais elevado apurado para a cesta básica, no caso a de Porto Alegre, e considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro, o menor salário pago deveria ser de R$ 2.349,26, o que corresponde a 4,31 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00, valor superior ao de outubro (R$ 2.329,94). Em novembro de 2010, o mínimo necessário era de R$ 2.222,99 (4,35 vezes o mínimo vigente de R$ 510,00).

Fonte: Dieese


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