Proposta de alíquotas diferenciadas de ICMS interestadual é rejeitada pelo governoGovernadores do NE sugeriram a cobrança de alíquotas de acordo com a renda per capita de cada estado. |
notícias relacionadas
- Fecomércio-RJ diz que PEC do Comércio Eletrônico vem corrigir distorção
- Pequenos negócios do RN repassam R$ 12,5 milhões em tributos
- Instituto quer mudar cobrança do ICMS sobre a conta de luz
- Governo prorroga mais uma vez prazo para quitação do ICMS
- CAE aprova unificação de ICMS sobre importados apesar de pedidos de mais negociações
- Arrecadação de ICMS no RN bate recorde e sobe 21,4% no primeiro trimestre
- RN bate recorde de arrecadação de ICMS para o mês de março
- Governo zera alíquota de ICMS para combustíveis de aviação em Mossoró e Caicó
- Empresas de pesca terão isenção de mais de R$ 400 mil no ICMS do óleo diesel
- Governo do Estado prorroga novamente pagamento de ICMS para empresas do Proadi
- Secretário rebate críticas da Fecomércio
- Fecomércio divulga nota de protesto contra decisão do Governo
- Devedores de ICM e ICMS terão descontos a partir desta segunda-feira
- Governo do Estado prorroga pagamento do ICMS para empresas do Proadi
- Aviões que pousarem em Mossoró e Caicó terão ICMS do querosene de aviação reduzido
- Governo quer redução do ICMS interestadual já em fevereiro para barrar guerra fiscal
- ICMS no RN bate recorde com arrecadação de R$ 279 milhões em setembro
- Municípios do RN amargam, em setembro, quedas no FPM e ICMS
- Rosalba diz que proposta apresentada a Dilma garante governabilidade dos Estados
- Mantega sinaliza acordo para novo ICMS em reunião com governadores do NE
- Presidenta Dilma recebe governadores do Norte/Nordeste
- Decisão do STF pode acabar com o Proadi
- Nelson Barbosa diz que é importante ter acordo sobre incentivos fiscais
- Simples Nacional amplia arrecadação de estados e municípios
- Negociação sobre ICMS vai começar
- Repasse de ICMS está em dia e débito com TJ/RN tem 120 dias para ser pago
- Governo do Estado suspende pagamentos e repasses por 30 dias
- Novo sistema de arrecadação do ICMS nas divisas começa a funcionar nesta quarta
- ICMS: Arrecadação de outubro bate recorde histórico no RN
O Ministério da Fazenda não aceitou a proposta dos governadores do Nordeste de estabelecer alíquotas diferenciadas para o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual conforme o grau de desenvolvimento do estado, afirmou o secretário executivo da pasta, Nelson Barbosa. Segundo ele, essa não é a forma ideal de acabar com a guerra fiscal.
"Repetimos o que dissemos aos governadores do Sul e do Sudeste na semana passada. O governo federal considera melhor uma alíquota unificada mais baixa [para o ICMS interestadual]", disse o secretário após reunião com os governadores. A cobrança de alíquotas de 7% ou 2% de acordo com a renda per capita do estado havia sido sugerida pelo governador do Ceará, Cid Gomes, e ganhou o apoio dos demais governadores da região, que se encontraram na terça-feira (24) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O secretário, no entanto, admitiu que a equipe econômica está aberta a analisar a cobrança de alíquotas diferenciadas de tributos federais conforme o grau de desenvolvimento do estado para incentivar o desenvolvimento das regiões com menor renda per capita. "Esse é um modelo usado em vários países desenvolvidos", explicou Barbosa, destacando que a diferença, nesse caso, é que os incentivos fiscais são coordenados pelo governo federal ao não envolverem tributos estaduais como o ICMS.
Segundo Barbosa, os governadores do Nordeste manifestaram preocupação com o comércio eletrônico. Atualmente, toda a arrecadação do ICMS das compras feitas pela internet fica com o estado onde a página na internet tem sede. Os estados da região sugeriram um acordo de repartição do imposto, nos moldes do que ocorre com os automóveis, cuja maior parte do imposto (55%) fica com os estados produtores e o restante (45%) com os estados consumidores.
O secretário afirmou que o governo federal defende o acordo, mas ressaltou que primeiramente os estados precisam chegar a um consenso para definir a forma de distribuição do ICMS. "Não nos interessa a concentração da arrecadação em poucos centros de distribuição [onde as páginas de internet têm domicílio]. Agora, a distribuição ideal tem de ser discutida pelos estados", disse.
Em relação à mudança dos indexadores da dívida dos estados, Barbosa voltou a afirmar que o governo federal admite discutir a questão, desde que haja o compromisso de que os demais itens da Lei de Responsabilidade Fiscal não sejam alterados. "O ministro está disposto a discutir, desde que apenas esse ponto da lei seja modificado. Não queremos abrir precedente para que diversos artigos da lei sejam mudados", disse o secretário.
Segundo ele, a equipe econômica está disposta a mudar apenas o indexador da dívida que ainda não venceu, sem recalcular os débitos já pagos pelos estados. Barbosa declarou que ainda não está definido se o governo editará uma medida provisória ou enviará ao Congresso um projeto de lei complementar para alterar a forma de correção da dívida: "Cada jurista tem uma interpretação diferente sobre a forma jurídica a ser usada".
Sobre o fundo de desenvolvimento regional que compensará os estados que perderem receita com a reforma tributária, Barbosa disse que a questão somente poderá ser debatida após o governo concluir os estudos sobre os prejuízos dos estados. Ele não informou uma data para o término dos trabalhos, apenas afirmou que será nas próximas semanas.
Fonte: Agência Brasil