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09/03/2016 10h12

Mulheres são as que mais formalizam empresas no Brasil

Pesquisa mostra perfil e comportamento das empreendedoras ao longo de uma década. No RN, a taxa as mulheres empreendedoras passou de 21,9% para 23% nesse período

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Em uma década, as mulheres foram as que mais formalizaram empresas no Brasil. Em 2013, 85,1% das empregadoras registraram seu empreendimento no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) contra 76% dos homens.   É o que mostra o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, realizado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre 2003 e 2013.

Em dez anos, subiu de 21,4 milhões para 23,5 milhões o número de pessoas que tinham um negócio próprio (empregadores e conta própria). Em 2013, os homens que correspondiam a 16,2 milhões de pessoas eram maioria nesta ocupação (69%), e as mulheres totalizavam 7,3 milhões. Porém, a taxa de crescimento das mulheres nos negócios (1,5% ao ano) foi o dobro da registrada para os homens (0,7% ao ano). 

No Rio Grande do Norte, a taxa de crescimento do empreendedorismo feminino também registrou avanços. Em 2003, 21,9% das potiguares trabalhavam por conta própria ou eram empregadoras. Uma década depois, esse percentual subiu para 23%, passando de 100 mil para 135 mil empreendedoras. 39,6% das mulheres potiguares que empregam estão à frente de microempreendimentos. O restante é comandado por homens.

Outra curiosidade levantada pelo estudo, é que o percentual de mulheres empregadoras nos micro empreendimentos que contribuem para a Previdência Social (71,3%) é maior que o de homens (63,7%).

Em relação à ocupação setorial, 85,8% das mulheres empregadoras e as que trabalham por conta própria estão ligadas aos setores de comércio e serviço. Já sobre o perfil das mulheres empreendedoras (empregadoras e conta própria), o anuário mostra que 57,8% delas têm entre 40 e 64 anos, 25,4% são negras e 53,8% têm Ensino Superior completo, enquanto o percentual dos homens com essa escolaridade é de 41,7%.

Sobre os empregos gerados, a participação das mulheres no total de empregos formais passou de 33,9% e, 2003, para 38,2%, em 2013. Das mais de 30 mil assalariadas, em 2013, 16,8 mil tinham carteira assinada. De 2003 a 2013, a construção civil registrou a maior taxa de crescimento dos empregos formais das mulheres nas micro e pequenas empresas, 179,6%.

O estudo mostra que a média salarial da mulher é menor que a do homem. Em 2013, enquanto as mulheres ganhavam em torno de R$ 1.522, eles recebiam R$ 2.091. A região Sudeste registrou a maior média de renda entre as mulheres, R$ 1.707. Em relação aos setores, somente na construção é que a renda delas (R$ 1.919) é maior que a dos homens (R$ 1.870).

Fonte: Agência Sebrae MG


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