Estudos apontam falta de preparo e desorganização financeira como causas da falência de micro e pequenas empresas86% dos empreendedores abrem a empresa sem ter conhecimento sobre o que é ter um negócio próprio |
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A falta de preparo e a desorganização financeira e contábil são duas grandes causas que trazem prejuízos para os micro, pequenos e médios empresários. Prova disso é a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), na qual 82% dos mil empresários ouvidos afirmaram ter levado algum tempo até acertar a gestão da firma e precisaram aprender na prática como fazê-lo. O mesmo estudo aponta que 86% dos empreendedores abrem a empresa sem ter conhecimento sobre o que é ter um negócio próprio.
Com isso, a falta de planejamento acarreta muitas vezes a decadência do empreendimento. Dados da Serasa Experian revelam que, dos 1.661 pedidos de falência feitos em 2014, 844 foram efetuados por micro e pequenas empresas. A desorganização financeira e contábil, por sua vez, fica evidente na pesquisa realizada pela Nibo Consultoria: a cada três firmas de pequeno porte, duas delas não recebem qualquer tipo de relatório contábil ou consultoria do contador, o que provoca distanciamento e falhas de ambas as partes – empresa e profissional contábil.
Na Rui Cadete Consultores, empresa potiguar de contabilidade, cerca de 80% dos mais de 450 clientes atendidos são micro e médias empresas de diversos segmentos, como pequenas lojas e condomínios residenciais. De acordo com a diretora e sócia da Rui Cadete, Karina Dias, o atendimento prestado é o mesmo para todas as empresas, independentemente do tamanho. “Fornecemos balancetes todos os meses, assim como demonstrações contábeis e balanços anuais. Também prestamos consultoria e procuramos de toda forma contribuir para o desenvolvimento do negócio do nosso cliente, apoiando em relação a sua estrutura tecnológica e organização”, afirma a contadora.
Essa postura é importante para o desenvolvimento das pequenas empresas, que também devem colaborar para o trabalho eficaz do contador a partir do envio das informações de forma organizada, correta e no prazo adequado. Segundo a pesquisa da Nibo, um em cada três empresários disse já ter pagado multas devido a falhas na contabilidade, o que, explica Karina Dias, acontece quando não há o relacionamento ideal entre empresário e contador.
“É preciso ver o trabalho contábil como parte do negócio, e não algo lembrado apenas no fim do mês ou quando surge algum problema. Para estreitar o relacionamento com os nossos clientes, fazemos visitas frequentes e avaliamos juntos as demonstrações contábeis para a tomada de decisões estratégicas. Isso ajuda no crescimento da empresa e ainda faz da contabilidade um sujeito ativo no dia a dia do empreendimento”, defende a diretora.
Fonte: Assessoria