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25/04/2013 08h41 - Atualizado em 25/04/2013 08h51

Atividade industrial da construção civil completa um ano sem registrar crescimento

O desaquecimento refletiu na avaliação das empresas sobre as condições financeiras, a pior desde 2009

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De acordo com a pesquisa, o desaquecimento da indústria da construção fica claro no indicador de atividade em relação ao usual, que está abaixo dos 50 pontos desde maio de 2012 e, em março último, atingiu 45,2 pontos, o menor nível da série. "O segmento claramente não passa ileso à desaceleração da economia brasileira", assinala a Sondagem. "Para os próximos meses, o cenário é incerto, e não há sinais claros de reversão."

A utilização da capacidade de operação (UCO), que mede o volume de recursos, mão de obra e maquinário usado pelas empresas, ficou estável nos 70%, o mesmo nível de março do ano passado. Segundo a pesquisa, essa estabilidade na UCO, combinada com a queda na atividade, se explica pela redução nos fatores de produção, como máquinas, equipamentos e empregados. O indicador de número de empregados vem mostrando redução desde novembro de 2012. Em março, esse indicador atingiu 48 pontos, abaixo, portanto, da linha dos 50 pontos, sinalizando redução do quadro de pessoal.

PROBLEMAS
Esse desaquecimento do setor se refletiu na avaliação das empresas sobre as condições financeiras, que foi a pior desde 2009. A análise das condições financeiras das empresas, feita trimestralmente, mostrou que a margem de lucro foi considerada insatisfatória ao registrar, nos primeiros três meses do ano, 44,7 pontos, bem aquém dos 50 pontos. A situação financeira também foi insatisfatória, assinalando 48,4 pontos, a pior avaliação da série histórica.

O preço das matérias-primas, cujo indicador assinalou 62,7 pontos, aumentou no primeiro trimestre em comparação ao último de 2012. Além disso, o acesso ao crédito foi considerado difícil pelos empresários nos primeiros três meses do ano. O indicador ficou em 45,7 pontos, o menor valor desde o quarto trimestre de 2009.

Entre as principais dificuldades assinalados pelo setor está a elevada carga tributária, apontada por 50,8% dos empresários. A falta de trabalhador qualificado, assinalada por 42,5% dos entrevistados, e o alto custo da mão de obra, com 34,5%, ficaram em segundo e terceiros lugares, respectivamente, apesar de apresentarem queda no número de assinalações em relação ao levantamento feito em janeiro sobre o último trimestre de 2012.

OTIMISMO
Mesmo com a queda na atividade e as dificuldades enfrentadas no ambiente de negócios, a indústria da construção mantém, em abril, a expectativa de crescimento. Esse otimismo, contudo, está menos disseminado, com indicadores inferiores aos do início de 2012. Neste mês, o indicador das perspectivas para nível de atividade registrou 58,7 pontos, ante 60,3 pontos em abril de 2012. Em relação a novos empreendimentos e serviços, o indicador ficou em 59,2 pontos, abaixo dos 60,5 pontos de abril do ano passado.

Para compras de insumos e matérias-primas, a expectativa dos empresários atingiu 57,5 pontos neste mês. Em abril de 2012, o indicador foi de 58,8 pontos. Já o índice de número de empregados foi de 57,4 pontos frente a 58,9 pontos em abril do ano passado.

A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 11 de abril com 424 empresas de todo o país, das quais 136 são de pequeno porte, 195 médias e 93 de grande porte.

 

Fonte: CNI - Confederação Nacional da Indústria


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