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12/08/2015 09h48 - Atualizado em 12/08/2015 09h52

Comércio recua pelo quinto mês seguido, diz IBGE

No ano, o comércio acumula queda de 2,2%, a maior queda para um semestre desde 2003, quando a baixa foi de 5,7%, interrompendo uma sequência de 11 anos de taxas positivas

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A atividade do comércio recuou 0,4% em junho, a quinta queda consecutiva, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o varejo havia recuado 0,8%. Na comparação com junho do ano passado, a retração foi muito maior, de 2,7%.

No ano, o comércio acumula queda de 2,2%, a maior queda para um semestre desde 2003, quando a baixa foi de 5,7%, interrompendo uma sequência de 11 anos de taxas positivas consecutivas. Em 12 meses, o índice tem recuo de 0,8%.

Em ambas as comparações, entre os ramos que mais sofreram com queda das vendas estão os de automóveis e de móveis e eletrodomésticos.

As vendas do setor de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, diminuíram 13,6% em relação ao ano passado, e exerceram a principal influência para o recuo do comércio em geral. De acordo com o IBGE, esse resultado é justificado “pelo menor ritmo de crescimento do crédito com recursos livres, além do comportamento da massa de rendimento médio real habitual dos ocupados”.

“Todas as atividades mostram melhora [queda menor] em comparação a maio, exceto hipermercado. Esse setor está ligado intimamente à renda, à massa salarial que vem caindo. A PME [Pesquisa Mensal de Emprego] mostra aumento desemprego, consequentemente, a massa salarial cai. Esse grupamento resiste a ter alguma variação, mas vem sucumbindo às quedas da renda consecutiva. Tem relação com a renda muito forte”, analisou Isabela Nunes Pereira, gerente de Serviços e Comércio do IBGE. Na comparação com maio, as vendas desse segmento ficaram estáveis, mas frente a junho do ano passado, recuaram 2,6%.

De maio para junho

Nessa base de comparação, a maioria das atividades mostrou queda, com destaque para veículos e motos, partes e peças (-2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,5%); móveis e eletrodomésticos (-1,2%); tecidos, vestuário e calçados (-0,8%), além de combustíveis e lubrificantes (-0,6%).

Entre os poucos segmentos que viram suas vendas aumentarem estão artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%) e material de construção (5,5%). “Esse crescimento de 5,5% [do material de construção] não muda a tendência negativa que o setor vem mostrando em termos de venda, já que interrompe sequência de cinco taxas negativas, acumulando perda de 9,4% nesse período [cinco meses anteriores]”, disse Isabela.

Fonte: CNDL


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