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10/10/2011 18h32

Energia solar pode ser próxima fonte a atrair grandes projetos ao RN

Audiência pública debateu o desenvolvimento de projetos para a energia solar na Assembleia Legislativa.

Por: Felipe Gibson

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O sopro dos ventos garantiu grandes investimentos ao Rio Grande do Norte nos últimos anos nos projetos eólicos e muito ainda se espera. Enquanto isso, a fonte solar surge com potencial tão promissor quanto e já aparece como próxima candidata a atrair o desenvolvimento na direção do estado através de outro elemento natural conhecido dos potiguares. Uma audiência pública realizada na tarde desta segunda-feira (10) colocou o assunto em pauta, debatendo os desafios e rumos da geração da energia a partir dos raios solares no RN.

Assim como ocorreu com o potencial eólico, os fatores preço e conexão aparecem como grandes desafios para a captação de investimentos direcionados a energia solar. O diretor geral do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean Paul Prates, explica que o nível de desenvolvimento tecnológico voltado para a fonte, e ainda as escalas dos projetos terão papel fundamental para superar a barreira tarifária.

Para o diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Pedro Cavalcanti, a questão mercadológica influencia muito a questão tarifária. "Se houver mercado, a tendência é este preço baixar", avalia. No caso da conexão, Jean Paul Prates lembra que os próprios projetos eólicos ainda sofrem com isso em nível Norte/Nordeste para competir, por exemplo, com o Rio Grande do Sul, que já possui estrutura de linhas de transmissão e liderou o último leilão voltado para a energia dos ventos neste ano.

"A conexão é o grande gargalo para todas as fontes. Ela é democrática", coloca Pedro Cavalcanti. Uma solução, segundo presidente da Abeeólica, está no consórcio dos sistemas. Em miúdos, gerar energia solar dentro dos projetos eólicos, algo que poderia ser compensado com compensações de tarifa e resolveria problemas com a conexão. "A energia solar tem a vantagem de poder ser consumida no lugar onde é gerada", esclarece.

Sobre o atual panorama de projetos para energia solar no Brasil, o diretor da Centrotherm Photovoltaics, Sérgio Palhares, defende que os investimentos comecem desde já, pois o potencial brasileiro é comprovado pelo país estar entre os dez maiores consumidores de energia do mundo. Contudo, o desempenho tupiniquim para a fonte é muito fraco até o momento. Palhares garante que existem produtores interessados em investir. Localizada no sul da Alemanha, a Centrotherm é a segunda maior produtora de equipamentos para usinas termo solares do mundo.

O diretor geral do Cerne, Jean Paul Prates, apresentou ainda um território entre o RN, a Paraíba e Pernambuco, como o "pré-sal da energia solar", uma região onde a insolação é perfeita para a instalação de usinas. Pedro Cavalcanti também é enfático sobre o potencial não aproveitado até o momento. Ele compara o início da energia solar com o que ocorreu com a eólica. "Com muito mais vantagens, pois muito já se aprendeu no desenvolvimento dos projetos eólicos", observa.

A audiência pública, proposta pelo deputado estadual Gustavo Fernandes, contou ainda com a participação do coordenador de Energia da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), José Mario Gurgel, do diretor de Energia Solar do Cerne, Diogo Azevedo, e do deputado estadual Hermano Morais.


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