Expansão de projeto beneficia cerâmicas no NordesteAtravés do projeto será possível é possível economizar entre 15% e 20% o consumo de lenha |
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Os polos produtores de cerâmica mais rudimentares do Nordeste serão beneficiados com tecnologia para melhor racionalizar o uso da energia nas indústrias e diminuir o impacto ambiental da atividade, reduzindo as emissões de carbono. A partir de maio, o projeto Eficiência Energética em Cerâmicas de Pequeno Porte na América Latina para Mitigar a Mudança Climática (Eela) será expandido para os demais estados da região. A primeira fase do projeto está sendo finalizada neste mês na mesorregião do Seridó, área compreendida entre os estados do Rio Grande do Norte e na Paraíba, onde são atendidas 140 empresas. A iniciativa é coordenada pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgão ligado ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).
Para a expansão além dos territórios potiguar e paraibano, serão investidos R$ 1,26 milhão, recurso proveniente da Agência Suíça de Cooperação e Desenvolvimento (Cosude) e da ONG Swisscontact, que patrocinam o projeto em sete países da America Latina, incluindo o Brasil. Em linhas gerais, o projeto leva aos empresários do setor conhecimento e alternativas tecnológicas capazes de tornar a indústria ceramista mais competitiva de forma sustentável. São informações como a de que, substituindo os fornos caipiras por redondos (mais modernos), é possível economizar entre 15% e 20% o consumo de lenha. Além disso, se implantados ventiladores nos fornos, consegue-se uma economia de 17% na queima da biomassa.
Para se ter uma ideia da importância das intervenções desse projeto, basta entender a relação entre o tipo de forno e o consumo de lenha. Praticamente, todos os fornos em funcionamento nas indústrias do Seridó são do tipo caipira, o que gera um consumo mensal de 46,3 metros cúbicos de lenha. Substituindo esses equipamentos por fornos mais modernos, como os de câmara, a queima da lenha cai 52%. A redução estimada no consumo anual de lenha no setor cerâmico do RN seria de 288,5 metros cúbicos sobre os atuais 1,2 milhão de metros cúbicos.
A segunda fase do Eela vai até 2016 e deverá atender cerca de 10 polos produtores em todos os estados, totalizando entre 800 e 900 unidades produtivas, incluindo as da região Seridó. No Ceará, os técnicos do projeto ainda vão identificar as áreas menos assistidas e que receberão as intervenções do projeto. Porém, as ações terão um enfoque mais sistêmico e menos da área de inovação.
Nova abordagem
De acordo com o chefe da Divisão de Energia do INT, Maurício Henriques, foi verificado nesta primeira fase que a cadeia produtiva da cerâmica é cercada de atores, que precisam ser envolvidos pelo projeto. "Na segunda fase, vamos atuar com um enfoque mais sistêmico, mais na área de gerenciamento, envolvendo todos os agentes da cadeia produtiva para superar os gargalos do setor. É uma estratégia nova que esperamos obter resultados satisfatórios para que o projeto seja sustentável independente dos recursos".
O Eela desenvolverá ações em toda a cadeia produtiva das cerâmicas, compreendendo organizações de defesa do meio ambiente, provedores de serviços e de tecnologia, órgãos de financiamento, oferta de biomassa, dentre outros. "A parceria com o Sebrae no Rio Grande do Norte tem sido muito positiva. Esperamos avançar e expandir mais nessa nova fase", projeta Maurício Henriques. A nova etapa do projeto Eela terá até o segundo semestre de 2016 para atuar em várias frentes.
Eficiência
A primeira ação da segunda etapa visa a troca dos fornos por outros mais eficientes, de modo a promover o melhor aproveitamento do calor e a melhor qualidade da queima, reduzir as emissões e respeitar a legislação ambiental. Outra iniciativa consiste em fomentar o uso de ventiladores para a combustão, promovendo a economia e o controle da queima. Serão ainda divulgadas boas práticas, como arranjos mais eficientes das peças no interior dos fornos, correta secagem das peças e controle da temperatura.
As ações mais amplas do projeto dizem respeito à redução do impacto ambiental da atividade. Será fomentado o uso de biomassa renovável, como lenha de manejo florestal ou de poda de cajueiro, para substituir o uso de biomassa nativa que hoje responde por 25 por cento do combustível queimado nas cerâmicas. O projeto também apoiará o licenciamento ambiental das olarias, que inclui a certificação da origem da argila, a comprovação de procedência da lenha e o ajuste das condições operacionais, especialmente com relação às emissões de material particulado (fuligem).
O trabalho terá um suporte mais efetivo de vários parceiros, como o Sebrae, Banco do Nordeste; Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Ministério do Meio Ambientel; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; órgãos de meio ambiente dos estados e dos sindicatos de empresas cerâmicas em cada estado nordestino.
Fonte: Agência Sebrae RN