Economista afirma que mudança na poupança é salutarPrometida pelo governo, queda de juros vai ajustar valor real da poupança à nova realidade sem prejuízo para poupadores |
Por: Marcelo Lima
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Toda mudança traz incertezas. As novas regras para o rendimento da poupança aplicadas pelo governo Federal desde semana passada também deixaram os 110 milhões de poupadores brasileiros em alerta. A maior dúvida é se o dinheiro investido na caderneta de poupança vai continuar a render como antes de quatro de maio deste ano.
Para o professor de Economia da UFRN, Cláudio Gomes, as novas medidas são bem-vindas, visto que irão contribuir para a diminuição da taxa básica de juros (Selic) do país. “O nosso maior problema na economia nacional é o juro. Isso era e é um câncer da economia brasileira”, disse o economista.
Gomes analisa não só o rendimento isolado da nova poupança, mas também o que ele significa num cenário econômico com a Selic mais baixa. “Se a taxa de juro diminuir, o dinheiro na poupança tem mais valor”, explicou.
Ao passo em que a taxa básica de juros cair (junto com as demais taxas de juros baseadas nela), o poder aquisitivo do dinheiro que está na poupança crescerá. Isso porque os juros de bens e serviços cairão, o que no final das contas significa preços mais baratos – ou pelo menos crescimento dos preços mais lento que o rendimento da poupança. Resultado: com taxas de juros mais baixas, dará para comprar mais com o dinheiro poupado.
Situação absolutamente inversa ao que ocorreu no período de hiperinflação no Brasil. A poupança chegou a render 85% ao mês, mas o dragão inflação era muito maior. O quadro econômico gerava uma falsa ideia de alta rentabilidade da poupança.
Se o rendimento da poupança não fosse ajustado à nova tendência de juros baixos, os bancos teriam a antiga taxa fixa de rentabilidade de juros (0,5% ao mês) como a real taxa mínima para captação conforme o professor. Além disso, os grandes aplicadores de outros tipos de investimento iriam migrar para a poupança. “Hoje, a classe C é que tem o maior número de cadernetas de poupanças”, informou o economista.
O que mudou na fórmula de rendimento foi os 0,5% ao mês acrescentado da taxa referencial para os 70% da taxa Selic quando ela for igual ou menor que 8,5%. À primeira vista parece uma perda, contudo, pelo menos na última década, a poupança só rendeu mais que 70% da Selic em 2010, quando chegou a 70,5% da Selic. “À medida que a taxa de juro diminuir, é melhor para a economia. Se é melhor para a economia, é bom para nós brasileiros e poupadores”, reforçou o professor de economia da UFRN.
Vantagens e tradição
Existem outras aplicações no mercado financeiro tão simples de se fazer quanto a poupança. Exemplo disso é o Tesouro Direto. Mas a tradição da poupança conta muito na hora de decidir como investir o dinheiro. Além da tradição, o professor Carlos Gomes enumera as vantagens que são decisivas para se escolher a poupança. “Ela tem um rendimento pré-fixado. Em segundo lugar, todos nós podemos poupar qualquer quantia. Outra vantagem é que o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento”, elencou.
Outras duas diferenças da poupança para demais investimentos é a taxa de administração (fundos de investimento) e a isenção de declarar no Imposto de Renda.