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12/07/2012 09h15

A taxa de 8% é a mais baixa da história do Copom desde 1996

A taxa Selic caiu 4,5 pontos percentuais do final de agosto de 2011 até hoje, o que resulta em uma queda de 36%.

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A taxa básica de juros (Selic), que já era a mais baixa da história em 8,5%, caiu mais um pouco e atinge 8% ao ano, valendo pelos próximos 45 dias. A oitava diminuição seguida da taxa, que serve de parâmetro para os juros da economia, foi anunciada há pouco pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ao fim da quinta reunião do colegiado de diretores do Banco Central (BC) no ano.

O Copom reduziu a Selic, de 8,5% para 8% ao ano, porque entendeu que no momento "permanecem limitados os riscos para a trajetória de inflação". Além disso, o colegiado de diretores do BC considera que a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária, em razão da fragilidade da economia global.

O diagnóstico faz parte da nota que o comitê divulgou logo após o término da reunião, e acrescenta que em virtude da ausência de pressões inflacionária decidiu, por unanimidade, prosseguir o processo de ajuste das condições monetárias. Com isso, deixa em aberto a possibilidade de novas reduções nas reuniões futuras.

A taxa de 8% é a mais baixa da história do Copom, criado em 1996, vale para os próximos 45 dias, uma vez que a decisão foi "sem viés". Significa dizer que a taxa básica de juros não poderá mudar até a próxima reunião do comitê, agendada para os dias 28 e 29 de agosto.

A decisão era esperada pela maioria dos analistas financeiros que todas as semanas são consultados pela pesquisa boletim Focus do BC. Alguns torciam, inclusive, por uma redução mais ousada, para 7,75%, por entenderem que o cenário atual, de inflação em queda e atividade econômica fraca, cria condições favoráveis para o BC afrouxar, tanto quanto possível, a política monetária.

A taxa Selic caiu 4,5 pontos percentuais nas oito reuniões que o Copom realizou do final de agosto de 2011 até hoje, o que resulta em uma queda de 36%. Essa redução, porém, não foi acompanhada na mesma proporção pelo sistema financeiro nacional (SFN), em que pese a determinação governamental, no último mês de abril, para que os bancos oficiais baixassem seus juros como forma de estimular os bancos privadas a fazerem o mesmo.

Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo mostra que, com base nos dados dos sete maiores bancos do país, mesmo considerando as reduções feitas pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, os juros nos bancos caíram muito pouco nos últimos 12 meses: 6,30% na taxa média mensal do empréstimo pessoal, que estava em 5,50% no mês passado, e 12,55% na taxa média do cheque especial, que era 8,36%. Esta é mais alta, em um mês, do que a Selic anual.

 

Fonte: Agência Brasil


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