Cabo Telecom se diz preparada para concorrência dos grandes playersSanção da presidenta Dilma Roussef ao Projeto de Lei 116 deve trazer novos concorrentes para o promissor mercado potiguar. |
Por: Felipe Gibson
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A sanção da presidenta Dilma Roussef ao Projeto de Lei 116, que abre a possibilidade de operadoras de telefonia e empresas de telecomunicações fornecerem o serviço de televisão por assinatura, deve acirrar a concorrência no mercado.
Com mais de 15 mil novos usuários só neste ano, o Rio Grande do Norte se mostra como território promissor para a vinda de grandes players, que por sua vez terão de disputar espaço com uma empresa já conhecida dos potiguares, a Cabo Telecom.
Junto com a concorrência forte virão também benefícios. Assim julga o gerente geral da Cabo Telecom, Aldo Silva, que acredita na tendência de quedas de preço e ainda mais acessibilidade ao serviço de TV paga. "Quanto maior a concorrência, mais os preços tenderão a cair. Faz bem para o consumidor final", avalia.
Silva cita o investimento da empresa no ano passado na banda larga, no momento em que o serviço se popularizava. Na ocasião, milhares de assinantes foram beneficiados com aumento da velocidade da internet sem pagar a mais por isso.
O gerente geral da Cabo Telecom aposta em fatores como bom atendimento, qualidade e comodidade para encarar a realidade que está para chegar. "Estamos de olho neles e na tecnologia", conta Silva, que fala do padrão da empresa em atender os clientes na própria residência no prazo de três horas como um dos trunfos da marca.
Dentro do planejamento da Cabo Telecom está o lançamento de canais na tecnologia HD - High Definition - além da expansão da TV por assinatura para Parnamirim, perspectiva aberta justamente pela PL 116.
A outorga para atuar no município, onde a empresa já possui estrutura de telefonia e banda larga, vinha sendo solicitada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) há algum tempo. "Temos 19 mil usuários nos dois serviços em Parnamirim. Estamos com o mercado pronto", finaliza.
Pontos negativos
Se existe o lado positivo de ter uma concorrência forte, Aldo Silva não poupa críticas ao Projeto de Lei 116 em diversos aspectos. A primeira observação do gerente geral acontece em relação ao sistema de cotas estabelecidas para o material de produtores independentes.
"Claro que existem produções independentes de boa qualidade, mas esse apoio poderia ser dado de outra forma, com incentivos, créditos facilitados ou fomento às produções. Da forma como está o cliente vai pagar por um serviço e terá de assistir o que lhe é imposto", explica.
Em um segundo ponto, Aldo Silva aborda o espaço da propaganda nos canais fechados, que será o mesmo tempo adotado para TV aberta a partir de agora. "Isso deveria ser restringido, já que a televisão aberta é gratuita".
Uma das mudanças mais criticadas pelo gerente da Cabo Telecom é a alteração do modelo de concessão, antes necessário para operar em determinadas localidades, para autorização. "A autorização custará apenas R$ 9 mil, mas há 12 anos era diferente", argumenta. Para Silva, essa situação também deixa as empresas que adquiriram as outorgas em modelo de concessão com certa insegurança jurídica.
Aldo defende um período de transição para que a Lei fosse posta em prática. Tempo que serviria, por exemplo, para uma estruturação adequada da Telebrás, de forma que ela forneça a banda larga às empresas que precisam comprar essa estrutura dos grandes players, agora concorrentes no mercado.
Oi, Embratel e GVT possuem o próprio serviço de banda larga, que é vendido a Cabo Telecom. Aldo Silva teme a situação, sobretudo pelo RN ser um alvo concreto no negócio da TV paga.
O RN é atualmente o estado nordestino com o maior volume de atendimento para cada 100 domicílios, mantendo uma densidade de 12,6. Só neste ano, 15.259 domicílios contrataram o serviço, um crescimento de 13% até julho.