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29/01/2011 08h10 - Atualizado em 29/01/2011 08h40

Ecoturismo: Nordeste é a região mais procurada

Turismo de aventura fortalece a atividade no interior do estado.

Por: Felipe Gibson

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Seja para fugir do cotidiano dos centros urbanos ou simplesmente desfrutar da natureza, muitas pessoas têm escolhido uma opção diferente para viajar e conhecer novos lugares. O ecoturismo, ou turismo de aventura, vem ganhando adeptos Brasil a fora e no Rio Grande do Norte não é diferente. O segmento vem crescendo e ajudando a diversificar os atrativos turísticos do estado.


Como atividade que vem ganhando notoriedade nos últimos anos em nível nacional, o ecoturismo encontrou uma das chaves de seu fortalecimento a partir da organização. De uma lista de discussão criada por empresários na internet há oito anos, nasceu Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), hoje presente em 22 estados brasileiros.


No RN, a Abeta tem atualmente sete associados. "Recorremos ao associativismo pensando no crescimento do segmento. A Abeta representa bem os nossos interesses", explica a coordenadora regional da Abeta/RN e diretora da Mandacaru Expedições, Roberta Rodrigues. Para ela, o desenvolvimento do ecoturismo no estado e país tem a ver com a mudança no perfil das pessoas.


"O crescimento aqui é um espelho do que vem acontecendo mundialmente. As pessoas estão buscando cada vez mais isso. Quando se viaja para ambientes urbanos, a opção, por exemplo, pode ser ir ao shopping, algo que se pode fazer em qualquer lugar. A procura é pelo ar livre, a busca por um lado mais humano", explica a coordenadora regional da Abeta/RN.


Além das belezas naturais, Roberta Rodrigues destaca ainda o relacionamento dos turistas com as culturas locais como um dos ingredientes que vem despertando interesse pelo ecoturismo. Para a diretora da Vitória Régia Turismo, Régia Maria Dantas, as pessoas têm mudado o estilo de vida. "Hoje estão procurando mais cultura, costumo achar que as pessoas buscam uma volta às origens".


A coordenadora regional da Abeta/RN conta que uma das lutas que vem sendo travadas é fazer com que as pessoas abandonem a ideia de que turismo de aventura é sinônimo de esportes radicais. Ela explica que pessoas optam por fazer caminhadas mais pesadas, ou atividades como o arvorismo, no entanto exemplifica que muitos procuram o ecoturismo com o objetivo de, por exemplo, observar a natureza.


Quanto aos principais desafios para que o segmento siga crescendo, Roberta Rodrigues fala sobre qualificação. Segundo ela, o quesito de treinamento de mão de obra, principalmente para o atendimento do cliente, ainda é um ponto a evoluir. "Precisamos dar uma estrutura de segurança para as pessoas. Um exemplo é a preparação necessária dos guias para estarem aptos a prestar os primeiros socorros em casos de emergência".


A coordenadora regional da Abeta/RN acrescenta que é preciso levar qualidade e conhecimento às empresas para que as mesmas se certifiquem como prestadores de serviço qualificados e façam a informação chegar ao cliente. "O ideal é que as empresas busquem essa qualificação", completa.


Interior forte
Há seis anos, Régia Maria Dantas enxergou uma boa oportunidade de promover o ecoturismo no interior do estado. Ela montou a Vitória Régia Turismo e hoje atua na região Seridó, com sede em Currais Novos. "Via muita coisa no segmento para a capital, mas nada para o lado de lá, e percebi uma tendência de crescimento no interior", explica.


Régia Maria ressalta o forte apelo do binômio Sol e Mar, porém relata que o interior tem atraído muita gente, tanto do Rio Grande do Norte, como de outros estados brasileiros, entre os quais cita São Paulo e Rio de Janeiro. Para a diretora da Vitória Régia Turismo, uma das chaves para o desenvolvimento do ecoturismo interiorano foi o trabalho desenvolvido pelo Sebrae/RN através do programa Roteiro Seridó.


"O Sebrae tem recursos e promove treinamentos. Estamos bem atendidos quanto a isso. Além disso, vemos a rede hoteleira e de restaurantes se desenvolvendo cada vez mais para atender a demanda que chega". Em contrapartida, Régia Marina conta que sente falta do apoio dos municípios à atividade. "O problema é que eles querem um retorno imediato, o que não é possível".


Sobre os segredos para fazer o ecoturismo crescer, a diretora da Vitória Régia tem a receita. "É preciso ter coragem para investir e profissionalizar o serviço. Costumo dizer que você tem de cuidar da vida do cliente, da empresa e do roteiro que está promovendo", conclui.


Nordeste é o principal destino

Uma pesquisa da Abeta em parceria com o Ministério do Turismo revela que o Nordeste é a região mais procurada do Brasil quando o assunto é ecoturismo. A região nordestina é a escolhida por 32% dos turistas, enquanto o Sudeste detém 25% da fatia. A lista segue com o Centro Oeste (13%), Sul (9%) e Norte (9%).


No RN, as opções são diversas. Para os que procuram o ecoturismo no litoral, as dunas movéis de Genipabu, além das praias de Pipa, Tibau do Sul e Barra do Cunhaú são algumas das opções.


No Seridó se destacam belos cenários construídos pela formação rochosa, os açudes e a vegetação da caatinga. Entre as cidades mais procuradas estão Currais Novos, Caicó, Acari e Lagoa Nova.


Outra opção procurada pelos potiguares é o Parque Estadual Pedra da Boca, localizado na divisa com a Paraíba. Em termos de serras, as cidades de Portalegre e Martins são boas pedidas.


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