Enrico Fermi assume ABIH com nova proposta de gestãoEx-presidente da ABIH/RN venceu pleito nacional. |
Por: Felipe Gibson
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Descentralizar as decisões e promover o debate. Com estes pilares, o potiguar Enrico Fermi, recém eleito presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) para o triênio 2011-2013, planeja adotar um novo modelo de gestão na entidade. Na última quarta-feira (24), o ex-presidente da ABIH/RN venceu o pleito nacional na disputa contra a chapa encabeçada pelo representante do Ceará, Eliseu Barros.
Na eleição acirrada, vencida por uma margem de cinco votos (47 a 42), segundo a avaliação de Enrico Fermi, o que pesou para a vitória foi a proposta de democratizar a tomada de decisões na ABIH. "A ideia foi apoiada pela maioria, sobretudo pelos pequenos estados longe do poder de decisão. Se vê pela miscigenação da nossa chapa, que agrega representantes de todo o país", afirma.
O projeto inicial é montar um conselho deliberativo formado pelas ABIHs estaduais, de onde partiriam as decisões. "Com isso a gente afasta de vez o modelo centralizado em uma pessoa e tira o item vaidade dos próximos processos". De acordo com Fermi as entidades estão sendo ouvidas para definir detalhes do novo formato.
"A mudança de estatuto só pode ser feita com três meses de antecedência. Até março deve ocorrer a mudança", reforça o ex-presidente da ABIH/RN, que assume formalmente a presidência nacional da entidade no próximo dia 1º de dezembro. A posse festiva deve acontecer em fevereiro.
Hotelaria nacional
Por sua extensão territorial, o Brasil é um país que tem na diversidade uma de suas principais características. Cada uma das cinco regiões possui peculiaridades próprias, que guiam também o foco dos hotéis nos diferentes pontos do país. "Existem hotelarias focadas em negócios, uma parcela pequena e forte em turismo, outros em eventos, assim como os problemas também são diferentes", explica Enrico Fermi.
Com a aproximação da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, a hotelaria nacional se prepara para receber uma alta demanda durante os eventos. Entre as principais preocupações, Fermi destaca as cidades de Brasília, Cuiabá e Manaus, todas sedes do Mundial, além do Rio de Janeiro, que sediará as Olimpíadas.
O novo presidente da ABIH conta que em Brasília a questão enfrentada tem sido a sazonalidade. "De terça a quinta a hotelaria enche, mas de sexta a segunda fica vazio, o que se atenua nos períodos de recesso", afirma. Para Fermi, existe um questionamento sobre o trabalho da hotelaria regional, que fiquem em um eixo de 200 quilômetros do Distrito Federal para dar suporte aos hotéis da capital nacional.
Sobre Cuiabá e Manaus, a avaliação do ex-presidente da ABIH/RN é que as estruturas precisam ser ampliadas. Quanto ao Rio de Janeiro, Fermi conta que a hotelaria possui uma alta taxa de ocupação, no entanto há muito tempo não cresce. De acordo com ele um novo pacote de incentivos foi aprovado recentemente na Câmara Municipal para tentar atrair investidores dispostos a construir mais hotéis na capital carioca.
Mais um aspecto importante a ser observado nos próximos anos é a capacitação dos profissionais da hotelaria. "Não só em relação aos grandes eventos, mas para a demanda interna crescente". Segundo Fermi, a estimativa é que R$ 50 milhões de brasileiros subam para a base de consumo dos hotéis de 7 a 10 anos. "Isso faz com que tenhamos que formar e capacitar mais mão de obra", conclui. Para tanto, a ABIH tem desenvolvido programas em parcerias com Ministério do Turismo e Sebrae.
Hotelaria potiguar
Antes de chegar à presidência nacional, Enrico Fermi esteve na ABIH/RN durante 12 anos. Tendo ocupado cargos de diretor financeiro, vice-presidente, e presidente, ele acredita que a hotelaria potiguar amadureceu com o tempo, e justifica a mudança de comportamento pela velocidade com que o setor cresceu no estado.
"No Nordeste, o Rio Grande do Norte tem 42.000 leitos e só perde para a Bahia. Entre as cidades, Natal tem a maior, 26.000 leitos. Temos uma hotelaria jovem, de 15 a 20 anos em média, horizontalizada e focada no turismo de lazer. Depois do advento do Centro de Convenções também tivemos um incremento na área de eventos nos últimos três anos", avalia.
Fermi explica que o trabalho conjunto desenvolvido pela hotelaria potiguar por meio da ABIH/RN foi fundamental nessa evolução. Para o novo presidente nacional da entidade a coroação veio nesta semana, com a aprovação da bancada federal à emenda consensual que prevê investimentos de R$ 60 milhões na divulgação do destino Rio Grande do Norte.
Antes os recursos para divulgação turística ficavam na casa dos R$ 16 milhões se levados em conta as verbas Empresa Potiguar de Promoção Turística (R$ 12 milhões) e Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento (Seturde). "Não adianta ter infraestrutura, belezas naturais e um povo receptivo se não tem divulgação", finaliza.
RN em nível nacional
Com um representante do RN na presidência nacional da ABIH, a expectativa é de bons frutos para os próximos anos. De acordo com Enrico Fermi, seu trabalho agora será focado na hotelaria em nível nacional, no entanto, o estado será visto com carinho. "Hoje o RN está entre as melhores hotelarias do país. O trabalho feito aqui nos credenciou estar neste local", afirma.
O novo presidente da ABIH nacional ressalta que o principal benefício de ocupar o cargo é ter acesso a informação privilegiada. "Você está em no campo das grandes decisões, representando uma atividade econômica que cresce a cada ano no país e que sente a necessidade de se profissionalizar de forma muito rápida", reforça. Fermi conta que a ABIH tem crescido quanto a suas demandas e formas de atuação, e espera que um novo salto seja dado com a nova gestão. A ideia, segundo ele, é atuar na mesma linha de trabalho desenvolvida na ABIH/RN.
"A semente começou no trabalho que desenvolvemos aqui. Não tem cor partidária, nunca tomamos decisões políticas, isso nos diferenciou. Na hora de bater palma, a gente bate, na hora de criticar, criticamos, tendo em vista o crescimento da categoria e benefícios para os interesses da classe. Vamos lutar pelas demandas do país e sem olhar político, trabalhar com certo pragmatismo. A veia política existe para qualquer decisão, mas que isso tenha interferência pequena. Estou mais preocupado com a profissionalização da gestão do que com o retorno político que possa dar", finaliza.