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03/01/2012 08h53

Brasil deve aumentar produção de grãos e de carnes em mais de 80% em 40 anos

Maior produtividade deve ocorrer devido à adoção de tecnologias e melhoramento dos processos de gestão.

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Projeções do Ministério da Agricultura para os próximos 40 anos indicam que o Brasil deve aumentar sua produção atual de grãos em 88% e a de carnes em 98%. A colheita de grãos, estimada em 159 milhões de toneladas para a safra 2011/2012, deve chegar a 299,5 milhões de toneladas em 2050. A produção de carnes, que este ano totalizou 26,5 milhões de toneladas, será de 52,6 milhões de toneladas em 2050, de acordo com a previsão.

Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, o aumento da produtividade, gerado principalmente pela adoção de tecnologias e pelo melhoramento do processo de gestão e da qualificação do agricultor, é o principal fator do incremento na produção. A taxa de aumento de produtividade da agricultura brasileira nos últimos anos atingiu uma média de 3,6%, enquanto a dos Estados Unidos, por exemplo, ficou em 1,95%.

- Essa taxa é um das mais elevadas do mundo, superando, inclusive a taxa da produtividade nos Estados Unidos que tem sido nos últimos anos de 1,95% - destaca.

A produtividade total dos fatores na agricultura considera todas as lavouras, a produção animal e o conjunto dos insumos utilizados na produção. O preço da terra tem sido também um dos fatores atrativos para o deslocamento da agricultura e pecuária para novas áreas, especialmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Segundo Gasques, o crescimento na produção de grãos será acompanhado pelo aumento da área plantada, projetado em 39%. Assim, a área cultivada deve passar de 46,4 milhões de hectares para 64,5 milhões de hectares.

Vários estudos apontam que os preços agrícolas em todo o mundo vão permanecer altos nos próximos anos. Apesar das boas estimativas, existem muitos fatores que influenciam os preços e a produção. Gasques destaca as mudanças climáticas severas em alguns países, os baixos estoques mundiais de milho, arroz, trigo e soja; a pressão dos biocombustíveis; o aumento de renda e da população.

- A volatilidade dos preços mundiais de alimentos tem decrescido e os resultados obtidos para os preços internos do Brasil, como milho e soja, mostram também que a volatilidade se reduziu nos anos recentes - conclui.

 

Fonte: Portal do Agronegócio


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