Restrições da Caixa não devem prejudicar “Minha Casa, Minha Vida”, diz Coopercon

Serão financiados somente projetos localizados em áreas urbanizadas.

Por: Lidiane Lins

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O presidente da Cooperativa da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Coopercon RN), Marcos Aguiar, não acredita que as restrições anunciadas pela Caixa Econômica Federal para comercialização de imóveis através do "Minha Casa, Minha Vida" possam provocar uma redução significativa no número de financiamentos feitos pelo programa no estado.

A mudança, que na verdade é uma exigência do Ministério das Cidades, estabelece que a partir de agora, só receberão financiamento os projetos produzidos com recursos de construtores que estiverem localizados em áreas que já tenham recebido pavimentação e urbanização.

De acordo com Marcos Aguiar, que também é diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon RN), essa medida na verdade não irá afetar os projetos das construtoras que já trabalham com a Caixa, uma vez que a exigência já existia anteriormente.

"A maior parte dos projetos comercializados pelo Minha Casa, Minha Vida é feita através dessas construtoras, que já garantem toda a infraestrutura de urbanização junto com o empreendimento. De início, devem sentir o impacto dessa mudança os construtores individuais, que constroem pequenos projetos e os vendem através do programa do governo. São esses que terão que se adequar, para melhor atender à população", destacou o presidente da Coopercon.

Ele lembra ainda que a decisão do governo federal tem por objetivo melhorar as condições de moradia da população, ao determinar que a existência de infraestrutura completa seja fundamental para a construção de novas unidades habitacionais.

"Essa exigência foi estabelecida para proteger o comprador. Garantindo a construção em locais com pavimentação, iluminação, que sejam próximos a escolas, linhas de ônibus, e estruturas de lazer", disse Aguiar.