Com o alto custo da carta AR, empresas de SP deixam de negativar 10 milhões de dívidas atrasadas nos birôs de créditoEssas dívidas foram contraídas por cerca de 7 milhões de consumidores (CPFs distintos) que também não foram negativados. |
notícias relacionadas
- Pontualidade de pagamentos das micro e pequenas recua em fevereiro, revela indicador da Serasa Experian
- Puxada por microempreendedor, criação de empresas foi recorde em janeiro
- 87% dos micro e pequenos empresários não têm a intenção de tomar crédito, mostra indicador SPC Brasi
- Inadimplência com cheques é recorde para o mês de janeiro, revela Serasa Experian
- Plano quer ampliar número de pequenas empresas nas exportações
- 40% dos micro e pequenos empresários estão pessimistas com o futuro da economia, mostra SPC Brasil
- Com crise econômica, micro e pequeno empresário revela baixo interesse por tomar crédito, mostra indicador do SPC Brasil
- Confira dicas da Serasa para aproveitar o Natal, Reveillón e férias com pouco dinheiro e muita diversão
- Indicador de demanda por crédito dos micro e pequenos empresários tem leve melhora em outubro
- Pequenas empresas perderam 49,7 mil empregos em outubro
- Ampliação de compras governamentais depende de novos paradigmas
- Demanda das empresas por crédito cresce 3,8% em outubro, aponta Serasa Experian
- Agosto registra 167.395 tentativas de fraude contra o consumidor, revela Indicador Serasa Experian
- Pontualidade de pagamentos das micro e pequenas recua em setembro, revela indicador da Serasa Experian
- Número de recuperações judiciais bate novo recorde entre janeiro e setembro, revela Serasa Experian
- Inadimplência do consumidor tem alta de 16,7% em agosto, revela indicador da Serasa Experian
- Número de acessos ao Limpa Nome Online da Serasa cresce 52% em 2015
- Atividade econômica recua 1,4% no segundo trimestre e recessão se instala no país, diz Serasa Experian
- Um em cada três clientes do atacado tem alto risco de se tornar inadimplente nos próximos seis meses, revela estudo inédito da Serasa Experian
- Demanda das empresas por crédito tem o terceiro recuo mensal consecutivo em junho, aponta Serasa Experian
- Serasa Consumidor alerta: antes de contratar serviços turísticos para as férias, conheça a situação financeira de seu prestador e evite calotes
- Inadimplência do consumidor fecha o primeiro semestre do ano com alta de 16,4%, revela Serasa Experian
- Demanda do consumidor por crédito cai 2,3% em junho, diz Serasa Experian
- Cresce a fatia de inadimplentes com mais de 61 anos, revela estudo da Serasa Experian
- Pequenos negócios injetam R$ 13,7 milhões nos cofres do RN
- Atividade do comércio encerra o primeiro semestre de 2015 com o pior resultado em 13 anos, aponta Serasa Experian
- Pedidos de falência crescem no primeiro semestre deste ano
- Inadimplência das empresas aumenta 10,4% em maio, revela Serasa Experian
- Índice de confiança das empresas de serviços cai 4,5% em junho
- 75% dos empresários acreditam que ajuste fiscal tem impacto negativo na economia
- Pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas recua em maio, revela indicador da Serasa Experian
- Serasa dá dicas para o consumidor mesmo sem dinheiro aproveitar os descontos especiais no Super Feirão Limpa Nome Online da Serasa
Levantamento da Boa Vista SCPC, SPC Brasil e Serasa Experian revela que em setembro e outubro deixaram de ser negativadas nos três birôs de proteção ao crédito quase 10 milhões de dívidas, distintas, em atraso no Estado de São Paulo. Essas dívidas foram contraídas por cerca de 7 milhões de consumidores (CPFs distintos) que também não foram negativados.
O impedimento do registro da inadimplência em setembro e outubro se deve a entrada em vigor da lei paulista nº 15.659, proposta pelo deputado estadual Rui Falcão (PT), que obriga o envio de carta com aviso de recebimento (AR) para o devedor antes da inclusão de seu nome na lista de inadimplentes.
A lei paulista, que torna o Estado de São Paulo o único lugar do mundo a exigir a assinatura/consentimento do cidadão para ser considerado inadimplente, já havia sido vetada pelo governador de São Paulo, por entender que a matéria é inconstitucional, uma vez que o tema foi regulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), como determina a Constituição.
A justificativa do projeto de lei que a originou é suprir falhas supostamente existentes no processo atual de comunicação das dívidas, mas um Ranking do Procon-SP demonstra que em todo ano de 2014 houve apenas duas reclamações por suposta falta de comunicação nos três birôs de crédito.
Assim como ocorreu em setembro, o mês passado também registrou somente 3% das negativações de todas as dívidas que deveriam ter sido incluídas, pois a nova lei impõe um modelo sete vezes mais caro, que não pode ser pago pela maioria dos setores econômicos, principalmente o das pequenas empresas e o das concessionárias de serviços públicos. No último bimestre, a carta com AR foi usada por poucas empresas e teve comprovada sua ineficiência: 30% das correspondências enviadas com AR voltam sem assinatura. Já o modelo simples tem sua eficiência comprovada ao longo de mais de 30 anos.
Recorde de dívidas protestadas
A nova lei paulista, ao isentar a obrigação de envio da carta AR para dívidas previamente protestadas em cartório ou contestadas judicialmente estimula o protesto.
Levantamento dos três birôs, aponta que em outubro bateu recorde o número de dívidas de consumidores protestadas em cartório no Estado de São Paulo, em 2015. Foram 266,7 mil dívidas. O número também é recorde para outubro desde 2011, quando inicia este levantamento.
O incentivo ao uso do protesto em cartório gera burocracia e custo ao processo de “limpar” o nome. Antes da lei, “limpar” o nome nos cadastros de inadimplentes era automático com a quitação da dívida, sem taxas nem burocracia. Mas a quitação da dívida que foi protestada em cartório implica:
Exposição pública da dívida se o devedor não for encontrado – O cartório enviará uma carta ao consumidor sobre a dívida em atraso. Se não o encontrar, publicará o protesto no jornal. Assim, o consumidor será exposto publicamente e protestado mesmo que não seja encontrado.
Aumento da burocracia – O devedor deverá se deslocar fisicamente até ao cartório, perdendo tempo e mais dinheiro para baixar o protesto, ao invés de simplesmente pagar a conta.
Custos elevados para baixar a dívida – O registro da dívida nos cartórios obriga o consumidor a pagar, além da dívida com o credor, taxas para ter seu nome limpo dos registros de cartórios, que podem chegar a 30% do valor protestado.
A nova lei paulista obrigou a Serasa Experian a suspender os indicadores econômicos sobre inadimplência a partir de outubro. Clique aqui e leia nota sobre a decisão.
Fonte: Serasa Experian
