Preço fixo do livro pode democratizar acesso e fortalecer cadeia produtivaa proposta é que nos primeiros 12 meses após o lançamento de cada livro, a obra tenha o preço fixado pela editora responsável, com desconto máximo de 10% |
notícias relacionadas
- Petrobras reajusta preço do botijão de gás de 13 kg em 15% a partir desta terça
- Novas tecnologias contribuem para preservação e difusão da cultura popular
- Sesc RN lança hoje o livro do autor potiguar Wanderley Pinto
- Curso ensina como divulgar shows, eventos e trabalhos artísticos na web
- Palco Giratório Sesc apresenta 2º espetáculo deste ano no RN
- Palco Giratório Sesc inicia 18ª temporada no RN
- Veja quem é quem no Tem Verão Som Natal
- Prefeitura busca parcerias para eventos culturais em Natal
- Tibau é o próximo destino do Circuito Verão
- Alta do papel e do dólar pesam no preço do material escolar
- Procon Natal fará pesquisa para saber se há abuso no reajuste do preço dos combustíveis
- Comissão no Senado debate preços das passagens aéreas
- Procon Natal fecha Lojas Maia-Magazine Luiza da Roberto Freire
- Natalense vai gastar R$ 132,50 em média com o presentes das mães
- Trigo custa até 20% mais caro na região NE
- Cesta básica registra aumento de 1,91%
- Alta no preço de alimentos chega a 34% no ano
- Preço do ovo de Páscoa sobe 19,78%
- Alimentos aumentam e IPCA tem maior resultado para janeiro desde 2003
- Alimentos, cigarros e educação pressionam inflação no país
- Feijão verde, batata, tomate e cebola pera têm aumento de preço
- IPC-S atinge 0,73% na segunda prévia do mês
- Inflação tem leve alta e fica em 0,6%
- Chuchu, cebola e feijão verde estão pesando mais no bolso dos natalenteses
- Alimentos influenciam aceleração da inflação em outubro
- Gasolina sobe 0,17% em Natal
- 35% dos brasileiros escolhem a farmácia pelo preço dos medicamentos
- Projeção para a inflação oficial em 2012 tem oitava alta seguida e chega a 5,2%
- Alta no preço do milho encarece frango
- Inflação medida pelo IPC-C1 fica em 0,27% em julho
- Cesta básica registra redução média de 1,44% em julho
- Inflação da indústria sobe 1,13%, puxada por alimento e bebida
- Cai preço da gasolina e do etanol e aumenta preço do diesel
- Inflação oficial fica em 0,08% em junho, menor taxa desde agosto de 2010
- Custo da construção tem leve alta e fecha junho em 1,31%
- Milho verde e acerola ficam mais caros na primeira semana de junho
- Pescado está 12,44% mais caro este ano
- Medicamentos podem ficar até 5,85% mais caros
- Reajuste de aluguéis sobe para 0,35% na segunda prévia de março
- Preço do açúcar sobe com safra menor no Brasil
- Ovo tem sua primeira alta de 2012
- Aluguel: inflação medida pelo IGP-M acumula alta de 4,53% em 12 meses
- Preço da gasolina e do gás pode não sofrer reajuste este ano
- Preço dos carros novos sobe e dos usados cai em janeiro
- Material escolar em natal está 4,47% mais caro que em 2011
- Mercado reduz projeções de inflação para 2012, aponta pesquisa
- Prévia do IPCA-15 do ano ultrapassa meta de inflação do BC
- Preço da gasolina comum sobe em segunda pesquisa consecutiva do Procon
- Preço da água mineral pode chegar a média de R$ 5
- IPC-S varia 0,53% no fechamento de novembro
- Centro Cultural da Barreira do Inferno: mais novo ponto turístico do RN
- Banco Central espera redução no preço da gasolina nos próximos meses
- Cesta básica registra queda de 0,39% na primeira semana de fevereiro
- Preço da cesta básica natalense sobe 18,14% em 2010, aponta Dieese
A instituição, por lei, de preço fixo para os livros no Brasil pode levar ao fortalecimento da cadeia produtiva do setor, com a democratização do acesso. O assunto foi discutido nessa quinta-feira (2) na 13ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), na abertura da programação da FlipMais.
O presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Marcos da Veiga Pereira, explicou que a proposta é que nos primeiros 12 meses após o lançamento de cada livro, a obra tenha o preço fixado pela editora responsável, com desconto máximo de 10%. De acordo com ele, atualmente ocorre uma depreciação do valor do livro por parte de grandes redes e lojas online, o que prejudica o pequeno e o médio livreiro.
“Se você encontra o varejo vendendo o livro com 40% de desconto, como ocorre hoje, você cria uma situação de competição predatória. O pequeno livreiro, o livreiro médio ou mesmo o grande livreiro, para competir com o varejo online, tem de abrir mão de uma margem que não tem. Ele precisa dessa margem para fazer face a todo o investimento que tem na loja, os funcionários, o acervo, os serviços que presta”, disse.
É o caso do livreiro Francisco Joaquim de Carvalho, conhecido na Universidade de Brasília como Chiquinho. Desde 1989, ele vende livros no local e sentiu a concorrência da internet e a chegada das grandes redes de livrarias.
“Há uma concorrência que não posso dizer que é desleal, mas é desigual nas grandes capitais do Brasil. Eles têm o livro com um desconto que a gente não pode dar, com uma diferença de valores, isso nos deixa com muita restrição em relação ao leitor, que quer saber do preço menor”, explicou.
Francisco Carvalho defende a proposta. “Esse preço fixo vai dar condições de igualdade. Eu sou pequeno, mas com atendimento, atenção, profissionalismo e respeito ao leitor, quero ter preço também, que é apenas um ingrediente do mercado”.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN), autora do projeto, disse que a experiência é bem-sucedida em países como a França e a Alemanha. Ela lembra que o Brasil tem cerca de 3 mil livrarias e que o leitor será beneficiado com o preço fixo, projeto que também deve incentivar a abertura de mais pontos de venda de livros.
“A gente espera que aconteça no Brasil o que ocorreu em vários países onde a lei é realidade, que foi contribuir para acabar com essa concorrência predatória, para que tenhamos um ambiente saudável do ponto de vista dessa concorrência, tudo isso pensando no consumidor", destacou. Para a senadora, em vez de ter livrarias fechando, é preciso ter mais e mais unidades sendo abertas. O leitor não pode ficar restrito só aos best-sellers ou aos livros técnicos. "Queremos maior variedade, à luz da riqueza que é a diversidade do país.”
Marcos Pereira disse que a venda de livros cresceu muito nos últimos dez anos, mas que o faturamento não cresceu na mesma proporção. “O consumo de livro, de 2004 para 2014, teve crescimento de 150 milhões para 280 milhões, número bastante expressivo e que reflete toda a inclusão da classe média brasileira no período. Por outro lado, houve uma queda no preço do livro de 40%. Um livro como O Código Da Vinci, que custava R$ 39,90 em 2004, hoje continua sendo vendido a R$ 39,90, e você tem toda a inflação do período que não foi repassada ao preço.”
O projeto de Lei do Senado (PLS) 49/2015 foi apresentada no início da legislatura e o tema foi discutido em um seminário terça-feira (30) no Senado. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, de onde segue para as comissões de Assuntos Econômicos e de Educação, que analisam o mérito da proposta em caráter terminativo. Se não houver recurso, após aprovada pelas comissões, o projeto segue para a Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Brasil