Governo insiste em polÃtica para estimular a base de consumo
28/07/2014 15h47Na última sexta-feira (25), o governo lançou um pacote que promete liberar cerca de R$ 45 bilhões para o mercado de crédito. Deve tirar esse recurso do depósito compulsório que os bancos são obrigados a fazer no Banco Central. Liberando esse dinheiro, o governo acena para a possibilidade de aquecer o mercado.
O problema é, e os economistas são unanimes em dizer, que esse modelo de crescimento baseado no estímulo ao consumo está dando sinais claros de esgotamento. No cenário atual, admitido pelo próprio governo, a inflação é alta, ou seja, os preços estão altos; e no mesmo dia em que foi anunciada esta medida de estímulo, o governo também acenou que não tem previsão para reduzir a taxa básica de juros, a Selic, que está em 11%. Com isso, todo o arcabouço de juros, de todas as modalidades de financiamento, não caem também.
O cenário é de inflação em alta, preços altos, taxas de juros altas e, principalmente, um crescimento do aumento da inadimplência. O que adianta dar crédito, estimular o consumo, com taxas de juros altas e preços altos, para famílias que já estão endividadas?
O que o governo precisa fazer é investir no setor produtivo, investir na criação de uma poupança interna, e, principalmente, na redução da burocracia e dos impostos desse país. Para assim, gerar emprego e renda. Gerando emprego e renda, haverá mais recursos novos no mercado, as pessoas ganharão mais e terão maior poder de consumo, isso sim estimula a economia.