Confira comentário sobre a importância da redução do QAV para o turismo potiguar
19/05/2016 10h52Merecedor de todos os louros e homenagens do setor turístico potiguar desde que, no início do seu governo, topou o desafio de reduzir o ICMS sobre o Querosene de Aviação - de 17% para 12% no caso dos voos doméstico e de 17% para 9% no caso dos voos internacionais - o governador Robinson Faria deu esta semana mais uma prova do quão consolidado é o seu entendimento da importância do turismo para a economia do Rio Grande do Norte.
Em solenidade fortemente prestigiada nesta terça-feira, 17, ele estendeu o benefício, que valia apenas para os voos regulares, aos voos fretados, os chamados charters. Surfando na onda dos resultados obtidos desde fevereiro de 2015 (como o aumento de até 30% na ocupação média dos hotéis e pousadas do estado, a conquista de pelo menos uma nova frequência internacional - para Buenos Aires - e de algumas novas frequências nacionais, além de redução média de 10% nas tarifas aéreas para Natal), o governador parece ter acertado na mosca ao atender, mais uma vez, aos insistentes apelos do seu secretário de Turismo, Ruy Gaspar.
Basta uma pesquisa rápida na internet para se constatar que um casal de turistas de São Paulo - um dos principais pólo emissores para Natal - que quiser vir passar uma semana em Natal no mês de julho irá gastar de R$ 2.100 a R$ 3.500 com hospedagem e até R$ 3.300 com passagens aéreas.
Daí dá para ter uma ideia do peso do custo da passagem no valor total do pacote, algo em torno de 45%. Com um voo charter incentivado, as grandes operadoras podem fechar voos com seus clientes e reduzir em até 30% o custo da passagem aérea, tornando o destino muito mais convidativo.
Além disso, as companhias passariam a não mais bloquear um volume muito grande de assentos nos voos regulares - como fazem hoje, junto às companhias aéreas tradicionais-, aumentando a oferta desta modalidade de passagem e, consequentemente, também estimulando a redução do seu custo final ao consumidor.
A alta estação de julho, que se avizinha, é a época dos charters - historicamente é assim e foi assim lá na década de 90, quando o RN recebia até dez voos deste tipo, nacionais e internacionais, por semana. O governo afirma que já tem pelo menos três voos para aquele mês, como se diz, "apalavrados".
Vamos esperar e conferir.